Com aprovação de 18 novos deputados federais no país, Paraná poderá eleger 31 parlamentares em 2026

Regra foi aprovada na Câmara dos Deputados e aguarda análise do Senado Federal A Câmara dos Deputados aprovou na última terça-feira (6) um projeto de lei complementar que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais a partir da próxima legislatura, em 2027. Com a nova configuração, o Paraná ganhará uma vaga na Câmara, passando de 30 para 31 representantes. A proposta foi aprovada por 270 votos a favor e 207 contrários, em meio a uma corrida contra o tempo para atender a uma exigência do Supremo Tribunal Federal (STF). O STF determinou que o Congresso atualize a distribuição de cadeiras com base nos dados do Censo de 2022 até 30 de junho de 2025. Caso o prazo não seja cumprido, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fazer a redistribuição. A nova divisão leva em consideração o crescimento populacional registrado no último Censo, mas evita a perda de vagas em estados que tiveram redução populacional relativa. O relator da proposta, deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB), justificou a decisão de aumentar o número total de parlamentares como forma de proteger a representatividade de estados que perderiam cadeiras. “Perder cadeiras significa perder peso político na correlação federativa e, portanto, perder recursos”, afirmou Feliciano durante a votação. O projeto é de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), filha do ex-deputado Eduardo Cunha. O texto segue agora para análise do Senado Federal. Impacto no Paraná A nova vaga atribuída ao Paraná reflete o crescimento populacional do estado, que hoje tem mais de 11 milhões de habitantes, segundo o IBGE. Com a mudança, o estado passa a ter 31 deputados federais a partir da próxima eleição geral. A alteração também pode influenciar a composição da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), uma vez que o número de deputados estaduais é proporcional ao de federais, conforme regra constitucional. Leia mais: MBL expulsa vereador João Bettega em meio a desentendimentos e troca de acusações Apesar da possibilidade, ainda não há um número exato de quantas cadeiras de deputado estadual seriam criadas com essa alteração. Na atual legislatura são 54 parlamentares atuando na ALEP. Estados beneficiados Além do Paraná, outros oito estados terão aumento na bancada federal: Pará: +4 deputados Santa Catarina: +4 deputados Amazonas: +2 deputados Mato Grosso: +2 deputados Rio Grande do Norte: +2 deputados Ceará: +1 deputado Goiás: +1 deputado Minas Gerais: +1 deputado Estados como Rio de Janeiro, Paraíba, Bahia e Pernambuco, que poderiam perder representantes, tiveram suas bancadas preservadas. Custo e críticas O impacto orçamentário estimado da criação das 18 novas vagas é de R$ 64,8 milhões por ano. Críticos da medida alegam que o aumento de parlamentares vai na contramão da expectativa da sociedade por um Congresso mais enxuto e com menor custo. A base governista e parte da oposição divergiram nas justificativas, mas o temor de perda de representatividade regional ajudou a unir parlamentares de estados que seriam prejudicados. Próximos passos O texto agora será encaminhado para o Senado. Se aprovado sem alterações, vai à sanção presidencial. Caso contrário, volta à Câmara para nova análise. O Congresso tem até junho de 2025 para concluir o processo e garantir que a nova composição entre em vigor em 2027, junto com a próxima legislatura da Câmara dos Deputados. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Fernando Francischini: da cassação inédita ao retorno à política

ex-delegado concedeu entrevista exclusiva falando sobre o futuro eleitoral e as relações no xadrez político Fernando Destito Francischini, mais conhecido como Delegado Francischini (Solidariedade), é uma figura emblemática na política paranaense e nacional. Nascido em Londrina, o ex-parlamentar construiu uma carreira sólida na segurança pública antes de ingressar na vida política e é reconhecido como uma das principais lideranças de direita do Estado do Paraná. Com larga passagem pelos poderes executivos e legislativo, atuando em secretarias municipais e estaduais e também como deputado na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (ALEP) e no Congresso Nacional, Francischini virou notícia em todo o Brasil por ter sido o primeiro político cassado por divulgação de “fake news”, em 2021. Naquele ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato e o tornou inelegível por oito anos, devido à acusação de propagação de desinformação sobre o sistema eletrônico de votação durante uma live no dia das eleições de 2018. Na transmissão, o então deputado teria alegado, sem provas, que urnas eletrônicas estavam fraudadas para prejudicar o então candidato à presidência Jair Bolsonaro. A decisão do TSE foi considerada inédita, sendo a primeira vez que um parlamentar teve o mandato cassado por disseminar “fake news” sobre o processo eleitoral, estabelecendo jurisprudência para casos semelhantes. Como a ação se referia a uma situação ocorrida em 2018, o período de inelegibilidade se encerra no ano que vem. Com isso, Francischini já assegura sua intenção de retornar à política nas eleições de 2026, concorrendo a uma vaga na Câmara dos Deputados. Em entrevista exclusiva ao Politiza, afirmou que sua cassação foi uma tentativa de punir o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e que agora está pronto para voltar à disputa eleitoral. “Aquela cassação foi para o Bolsonaro. Se ele se elegesse [em 2022], ele iria acabar cassado. Como não foi eleito, ficou inelegível. Se você ler os processos, em todos a jurisprudência usada foi a minha. Então eu fui um bode expiatório para a inelegibilidade do presidente Bolsonaro. Agora eu sei quem é quem em Brasília, sei onde deve ser fiscalizado, sei quem devemos denunciar nacionalmente e internacionalmente. Fui o único cassado sem ser bandido e que vai voltar à Brasília sem medo de nada”, diz Francischini. Partido Solidariedade na oposição a Lula e filho como concorrente em 2026 O ex-deputado atualmente lidera o processo de reconstrução do Solidariedade no Paraná, partido que ajudou a fundar. Em 2024 assumiu a presidência estadual da sigla e trabalha na formação de novas lideranças visando às eleições de 2026. Para o ano que vem, Fernando Francischini irá disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados ao lado do filho, o deputado federal Felipe Francischini (União Brasil) e ainda contará com a candidatura de reeleição da esposa, a deputada estadual Flávia Francischini (União Brasil). “Eu convenci o Paulinho [da Força] (Solidariedade) a voltar a ser oposição ao presidente Lula (PT). Todos me questionam porque eu não fui para o PL. Mas veja, estamos formando uma federação que envolva o PRD e o Solidariedade. Uma federação que recoloca o partido na centro-direita”. Para o ex-delegado, não há problema em entrar na disputa como “concorrente” do próprio filho porque as bases eleitorais e o perfil do eleitorado são diferentes entre cada um dos integrantes da família. “Eu converso muito com os dois. Os dois têm individualidades. Flávia tem um mandato mais vinculado à questão do autismo, das pessoas com deficiência. Felipe é um deputado muito municipalista, cuida de cidades e gosta de ter relacionamento com grandes obras que mudam a vida das pessoas. Na questão ideológica eu entro em conversa com os dois. Todos tinham suas profissões. Muitas vezes falam pejorativamente sobre família, mas quando um pai é um bom engenheiro, os filhos se espelham no pai para seguir a mesma profissão. Por isso eu cobro tanto dos dois e a mim mesmo para sermos corretos e termos uma atuação clara. [Com o Felipe] não tem uma disputa. Eu migrei justamente para essa nova Federação para ficarmos em chapas diferentes. Poderiam pensar que estávamos juntos para um eleger o outro, mas o meu voto não serve para eleger o Felipe e a votação dele não serve para mim. Somos candidatos independentes. Meu voto é um voto ideológico, de posicionamento na mídia e de atuação em uma área da sociedade e estou em outra chapa. O meu eleitor é ideológico, o dele é mais municipalista. Nós optamos em que um voto não ajude o outro”, comenta. Segurança pública como carro-chefe em 2026 Apesar de estar fora da política eletiva, Fernando Francischini assegura que permanece o mesmo homem combativo da época de deputado e que segue priorizando a agenda de segurança pública entre suas propostas. Para o ex-delegado, é preciso ter ponderação sobre algumas políticas recentes, sem deixar a ideologia tomar conta porque o cidadão precisa de decisões mais técnicas e estruturadas. “Eu vejo como uma pauta técnica, como profissional de segurança. Quem não entende que [a pauta da segurança pública] é um tripé, que é a prevenção, a repressão e as casas de recuperação, não entende o que é combater o crime e o tráfico de drogas. Se você apostar só na polícia firme e forte, você vai continuar matando e não vai acabar com o crime porque ele nasce em cada esquina. Se você não trabalhar na prevenção para evitar que novos jovens entrem para o crime, para o tráfico ou virem dependentes químicos, você não vai trabalhar na linha de financiamento do crime. E se você não trabalhar na recuperação, você tem que entregar as chaves para os bandidos, porque se você não recuperar quem consome drogas, você vai fazendo uma máquina de bandidos. Então, quem não entende esse tripé e acha que ele é ideológico, está enganado. Agora, o grande erro é apostar em só um deles. Às vezes quem está na extrema-direita aposta só na repressão pesada da polícia, às vezes quem está na extrema-esquerda aposta só na questão da recuperação, mais como passar a mão na cabeça de bandido do
Francischini diz ter sido “bode expiatório” para inelegibilidade de Bolsonaro

Político entrou para a história como o primeiro cassado por fake news no Brasil O ex-deputado federal Fernando Francischini (Solidariedade) afirmou, em entrevista exclusiva ao Politiza, que sua cassação em 2021 serviu de precedente jurídico para barrar a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) em 2026. Segundo ele, a Justiça Eleitoral o usou como “bode expiatório”. “Minha cassação foi para atingir o Bolsonaro. Criei a jurisprudência que tirou ele da eleição. Fui o bode expiatório para isso acontecer”, declarou. Francischini teve o mandato cassado pelo TSE por divulgar fake news sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas, numa live feita no dia da eleição de 2018. O episódio foi o primeiro do tipo a resultar na perda de mandato por desinformação no país. Leia mais: Flávia Francischini e uma vida em prol da Inclusão, Segurança e Empoderamento na Política Paranaense Apesar da punição, o ex-parlamentar garante que volta à política “de cabeça erguida”. Ele pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026, ano em que termina o período de inelegibilidade. “Fui o único cassado sem ser bandido. E serei o único cassado que vai voltar para Brasília”, afirmou. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Francischini defende candidatura de Moro para o governo e pede união da centro-direita no Paraná

Com o cenário ainda indefinido para a disputa ao governo do Paraná em 2026, Fernando Francischini (Solidariedade) afirmou ao Politiza que vê no senador Sergio Moro (União Brasil) um nome legítimo para a sucessão de Ratinho Junior (PSD) e destacou a importância de uma aliança entre os diferentes grupos da centro-direita. “O senador Sergio Moro tem direito de ser candidato a governador. Nesse momento se colocam várias figuras políticas relevantes como pré-candidatos ao cargo”, declarou. Francischini também mencionou outros nomes cotados, como o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi (PSD), o secretário Guto Silva (PSD) e o vice-governador Darci Piana (PSD), mas disse confiar que o campo da direita saberá se unir para enfrentar uma candidatura da esquerda, possivelmente encabeçada pelo diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri (PT). Leia mais: Flávia Francischini e uma vida em prol da Inclusão, Segurança e Empoderamento na Política Paranaense “Eu quero ter um impacto positivo, ajudar a definir um candidato a governador que possa continuar mudando o nosso Estado. Eu acho que podemos escolher um candidato que possa unir todos esses grupos. Os nomes são muito bons. Esse nome da centro-direita deve enfrentar um candidato da Itaipu, do PT, da esquerda. Torço muito pelos nomes vinculados ao governador Ratinho Junior (PSD) ou o próprio senador Sergio Moro”, concluiu. Apesar de estar inelegível nesse momento, Francischini revelou que pesquisas recentes o colocam bem posicionado tanto para o Senado Federal quanto para o governo. “Imagine, cassado, fora da mídia e ainda lembrado nas pesquisas. Isso mostra que minha atuação marcou. Quero ajudar a definir esse futuro”, concluiu. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Francischini critica inação do governo em conflitos no Oeste do Paraná e diz que faria “reintegração rápida”

Ex-deputado já foi secretário de Segurança Pública do Paraná e secretário Anti-Drogas de Curitiba Fernando Francischini, em entrevista exclusiva ao Politiza, não poupou críticas à atuação da Força Nacional nos conflitos agrários envolvendo indígenas e ruralistas no Oeste do Paraná, especialmente nas regiões de Guaíra e Terra Roxa. Para ele, a situação saiu do controle e já deveria ter sido resolvida com reintegração de posse. “Esses grupos são mais MST do que indígenas. Arrendam terras, vivem de aluguel de propriedade. O que falta é decisão política. Se fosse eu o secretário, essas áreas já estariam todas reintegradas. Comigo não tem problema, reintegra Centro Cívico, MST, o que for”, afirmou. Leia mais: Flávia Francischini e uma vida em prol da Inclusão, Segurança e Empoderamento na Política Paranaense Francischini relembrou sua atuação como secretário de Segurança Pública durante o governo Beto Richa, em 2016, e criticou a omissão atual. “Fica todo mundo com medo. Enquanto isso, indígenas e fazendeiros se matam. Virou uma nova Guerra do Contestado”. O ex-deputado também voltou a defender uma política mais dura contra as invasões. “Lá [no Oeste do Paraná] merecia uma reintegração rápida para acabar com a confusão”, finalizou. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Segurança pública será carro-chefe de Francischini: crítica ao governo Lula e defesa da repressão equilibrada

Ex-deputado detalhou suas visão para assuntos como body cams e aprimoramento da Guarda Municipal Fernando Francischini, ex-deputado e ex-secretário de Segurança Pública do Paraná, garante que manterá a segurança como eixo central de sua atuação política caso retorne ao Congresso em 2026. Ao Politiza, o ex-delegado foi categórico ao defender uma abordagem técnica, mas combativa, diante da escalada da violência e do tráfico de drogas. “Segurança pública é um tripé: prevenção, repressão e recuperação. Se você apostar só na polícia firme e forte, você vai continuar matando e não vai acabar com o crime porque ele nasce em cada esquina. Se você não trabalhar na prevenção para evitar que novos jovens entrem para o crime, para o tráfico ou virem dependentes químicos, você não vai trabalhar na linha de financiamento do crime. E se você não trabalhar na recuperação, você tem que entregar as chaves para os bandidos, porque se você não recuperar quem consome drogas, você vai fazendo uma máquina de bandidos”, detalhou. Francischini criticou duramente a condução do governo Lula na área, apontando que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, “mais cria planos assistenciais para bandidos do que fortalece as polícias”. Leia mais: Flávia Francischini e uma vida em prol da Inclusão, Segurança e Empoderamento na Política Paranaense Sobre as Guardas Municipais, ele defende integração com as polícias estaduais e lembra que foi relator da lei que deu base legal às GMs. Já em relação às câmeras nas fardas, as chamadas body cams, Francischini diz que devem ser utilizadas por policiais que atuam em policiamento comunitário, mas não por forças especiais como ROTAM ou RONE. “As unidades especiais estão indo para lá a hora que a polícia comum não resolve mais. Tem que ter coragem de falar. Alguém que fosse politicamente correto iria dizer que tem que por câmeras em todas as fardas. Isso é balela. O cidadão comum quer o bandido da rua preso e não a família dele sequestrada ou ou ente querido morto. Se eu começar a colocar muitas ferramentas em cima do policial que vai fazer esse enfrentamento, ele vai recuar e nós vamos ficar expostos na rua”, disse. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Francischini deve disputar vaga com o próprio filho em 2026

Pai e filho entarão na disputa por uma cadeira de deputado federal pelo Paraná Em entrevista exclusiva ao Politiza, o ex-deputado federal Fernando Francischini (Solidariedade) confirmou que irá disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026, ano em que também se encerra o período de inelegibilidade imposto pela Justiça Eleitoral. A novidade é que ele não apenas voltará à disputa, como liderará um projeto de reconstrução da centro-direita, pelo Solidariedade, agora em oposição declarada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Francischini atualmente comanda o diretório estadual do Solidariedade e articula a formação de uma federação com o PRD. Ao mesmo tempo, a disputa eleitoral de 2026 colocará o ex-delegado em um cenário inusitado: concorrer diretamente com o próprio filho, o deputado federal Felipe Francischini (União Brasil), além de auxiliar na tentativa de reeleição da esposa, Flávia Francischini (União Brasil), como deputada estadual. Leia mais: Flávia Francischini e uma vida em prol da Inclusão, Segurança e Empoderamento na Política Paranaense “Não há problema nisso. Nossos perfis são diferentes, nossas bases são diferentes. Felipe é mais municipalista, Flávia atua muito na área do autismo e das pessoas com deficiência. Eu tenho uma pauta ideológica, de enfrentamento. Migrei de partido para justamente ficarmos em chapas distintas. Meu voto não serve para eleger o Felipe e o dele não serve para mim”, argumentou. Ao ser questionado sobre o motivo de não ter ingressado no PL de Jair Bolsonaro, Francischini foi direto: “Convenci o Paulinho da Força a voltar com o Solidariedade para a oposição. Estamos montando uma federação forte, que posiciona nosso partido na centro-direita”. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Primeiro cassado por fake news, Delegado Francischini mira retorno à Brasília em 2026

Parlamentar foi considerado inelegível, mas pode voltar a disputar eleições no ano que vem O ex-deputado federal Fernando Francischini (Solidariedade) planeja retomar sua trajetória política em 2026, quando deve disputar novamente uma vaga na Câmara dos Deputados. A candidatura marca o fim de um período de inelegibilidade imposto em 2021, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar seu mandato por divulgação de fake news sobre o sistema eletrônico de votação. Foi a primeira cassação do tipo na história do Brasil. Francischini havia feito uma live no dia da eleição de 2018, alegando que as urnas eletrônicas estariam sendo fraudadas para prejudicar Jair Bolsonaro (PL). A decisão do TSE criou jurisprudência e foi utilizada posteriormente em outros julgamentos, inclusive contra o próprio ex-presidente. Leia mais: Flávia Francischini e uma vida em prol da Inclusão, Segurança e Empoderamento na Política Paranaense “Aquela cassação foi para atingir o Bolsonaro. Fui bode expiatório para a inelegibilidade dele. Mas agora eu volto sabendo quem é quem em Brasília. Sei onde fiscalizar e quem denunciar”, disse Francischini ao Politiza. Apesar da punição dura, ele afirma não carregar ressentimento, mas promete atuar com mais firmeza caso seja eleito. “Fui o único cassado sem ser bandido. E serei o único cassado que vai voltar para Brasília de cabeça erguida”, afirmou. Sobre voltar às grandes discussões, Francischini disse estar animado. “O eleitor ainda se lembra da minha atuação. A gente começa a ser ouvido novamente. Eu quero ter um impacto positivo, ajudar a definir um candidato a governador que possa continuar mudando o nosso Estado. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
MBL expulsa vereador João Bettega em meio a desentendimentos e troca de acusações

Grupo diz que vereador produzia “vídeos idiotas” e que estava cada vez mais próximo do bolsonarismo. O Movimento Brasil Livre (MBL) anunciou a expulsão do vereador João Bettega (União Brasil), eleito em Curitiba com o apoio do grupo nas eleições de 2024. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (6) e teve como justificativa a suposta produção de “vídeos idiotas” e uma crescente aproximação do parlamentar com o bolsonarismo. Bettega, por sua vez, rebateu as alegações e denunciou ameaças e desrespeito dentro do próprio gabinete, atribuindo sua expulsão a uma tentativa frustrada de exonerar um assessor. A saída do vereador do MBL foi confirmada pelo próprio movimento por meio de nota publicada nas redes sociais. Segundo a direção do MBL, Bettega vinha se afastando dos princípios ideológicos do grupo, adotando posições e comportamentos que destoam do alinhamento liberal e reformista que o movimento defende. “Vídeos idiotas” e aproximação com o bolsonarismo A insatisfação do MBL com Bettega não é de agora. Integrantes do movimento vinham criticando duramente a postura do vereador nas redes sociais, especialmente a produção de conteúdos considerados “constrangedores” ou “vexatórios” — que, segundo o movimento, colocam em risco a imagem construída pelo grupo ao longo dos anos. Leia mais: Câmara aprova criação de mais 18 vagas para deputado Na avaliação do MBL, os vídeos feitos por Bettega em ambientes públicos de Curitiba, como supermercados, hospitais e lojas representavam uma forma de atuação incompatível com o que se espera de um vereador. Além disso, o movimento citou um suposto “flerte” com setores bolsonaristas, algo que é frontalmente rejeitado pela atual direção do MBL, que se afastou do ex-presidente Jair Bolsonaro após apoiar sua eleição em 2018. “João Bettega não representa mais os ideais do movimento. Ele se distanciou de pautas relevantes e passou a produzir vídeos idiotas e a se associar ao bolsonarismo. Isso é incompatível com a linha atual do MBL”, diz trecho da nota divulgada pelo grupo. Bettega responde e acusa o MBL de omissão diante de ameaças Em conversa exclusiva ao Politiza, o vereador João Bettega apresentou sua versão dos acontecimentos e afirmou que a crise se originou dentro do seu gabinete, que até então era composto por membros ligados ao MBL. Segundo o parlamentar, os conflitos internos se intensificaram nas últimas semanas, culminando em um episódio em que um dos seus assessores teria levantado a voz dentro da sala do vereador e feito ameaças explícitas. “Na semana passada, a situação se tornou insustentável, pois um dos meus assessores levantou a voz dentro da minha sala, falou que ele manda no gabinete e me ameaçou com a frase: ‘se não for para resolver no carinho, será no ódio’”, afirmou Bettega. Ainda de acordo com o vereador, outras ameaças vieram de membros do MBL, com a advertência de que “coisas ruins vão acontecer”. Bettega alega que levou o caso à coordenação do movimento e solicitou a exoneração do assessor envolvido nas ameaças, mas sua demanda teria sido ignorada. “A situação de extremo desrespeito foi levada ao MBL, mas o movimento não autorizou a exoneração desse assessor e me expulsou depois”, concluiu. Crise expõe disputas internas e crise de identidade no MBL A saída de Bettega evidencia uma disputa interna no MBL, que nos últimos anos passou por um processo de reconfiguração ideológica e enfrentou perdas importantes de quadros políticos. Desde a ruptura com o bolsonarismo, o movimento tenta reconstruir sua base de apoio e manter uma postura crítica ao governo Lula, sem abrir mão de uma agenda liberal na economia e institucionalista na política. Bettega foi eleito vereador de Curitiba em 2024, com 12.346 votos, e era considerado uma das apostas do MBL para renovar sua representação institucional no Sul do país. Sua atuação, no entanto, passou a ser questionada internamente — tanto por posturas públicas consideradas inadequadas quanto por dificuldades de relacionamento dentro do próprio gabinete. Futuro político indefinido Com a expulsão, Bettega deixa de ter qualquer vínculo formal com o MBL, mas permanece com seu mandato na Câmara Municipal de Curitiba. Em resposta aos questionamentos, o vereador disse que seguirá atuando “com independência” e que vai continuar apresentando projetos e fiscalizando a gestão municipal. Ainda não está claro se Bettega buscará novos apoios partidários ou movimentos políticos para se reposicionar no cenário local. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Novos deputados devem custar R$ 64 milhões por ano

Gasto virá com 18 novos deputados federais e mais vagas nas assembleias a partir de 2027 O aumento de cadeiras na Câmara dos Deputados terá um preço alto. A expansão para 531 parlamentares, aprovada nesta terça-feira (6), deve gerar ao menos R$ 64,6 milhões por ano em despesas públicas. O valor cobre salários, gabinetes e verbas ligadas à atividade parlamentar. O autor do relatório, deputado Damião Feliciano (União-PB), afirma que há espaço no orçamento para o acréscimo. Segundo ele, a previsão é que o impacto comece em 2027, quando as novas vagas serão ocupadas. Mais deputados, mais despesasO projeto amplia a representação de vários estados, mas sem reduzir o número de parlamentares de outros. A medida dribla uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), que exigia uma redistribuição com base no Censo 2022. Pelo cálculo original, sete estados perderiam assentos — entre eles, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. Leia mais: Gilvan da Federal tem mandato suspenso após ofensas a Gleisi Hoffmann Para evitar conflitos regionais, a Câmara optou por ampliar o total de vagas, sem cortar de nenhum estado. A proposta agora será analisada pelo Senado. Estados que ganham vagasSe a mudança virar lei, os seguintes estados terão mais deputados a partir de 2027: Amazonas: +2 (de 8 para 10) Ceará: +1 (de 22 para 23) Goiás: +1 (de 17 para 18) Minas Gerais: +1 (de 53 para 54) Mato Grosso: +2 (de 8 para 10) Pará: +4 (de 17 para 21) Paraná: +1 (de 30 para 31) Rio Grande do Norte: +2 (de 8 para 10) Santa Catarina: +4 (de 16 para 20) Efeito cascata nas assembleiasA ampliação não para em Brasília. Cada novo deputado federal implica mudanças nas assembleias estaduais. Pela Constituição, o número de deputados estaduais está ligado à representação do estado na Câmara. Com o novo desenho, pelo menos 30 novos deputados estaduais também devem surgir em 2027. Disputa entre equilíbrio e gasto públicoFeliciano defende que a alternativa evita desequilíbrios entre as regiões. Ele afirma que reduzir vagas de estados do Nordeste, como previa o STF, seria injusto. Por isso, sugeriu aumentar o total de cadeiras, mantendo a proporcionalidade. Mesmo com o custo, o relator garante que a despesa caberá dentro das regras fiscais. A ampliação, segundo ele, já foi projetada nas contas da Secretaria de Orçamento. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!