Volume de entorpecentes confiscados cresceu 155% em relação a 2024, com destaque para maconha e drogas sintéticas
As apreensões de drogas no Paraná alcançaram um marco histórico entre janeiro e março de 2025. O volume total apreendido cresceu 155% em relação ao mesmo período de 2024. Foi o maior já registrado para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 2014.

No início de 2024, as forças estaduais haviam confiscado 53,2 toneladas de entorpecentes. Em 2025, esse número saltou para 135,7 toneladas.
Regiões com mais apreensões
Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), a maconha foi a droga mais apreendida. A maioria dos casos ocorreu na região Oeste, por conta da proximidade com o Paraguai. Já as maiores apreensões de cocaína se concentraram em Curitiba e na Região Metropolitana.
Integração entre as polícias
O secretário estadual Hudson Teixeira destacou que o bom resultado se deve à união das forças de segurança. “O Paraná tem feito sua parte, com operações integradas entre Polícia Militar, Polícia Civil e Guardas Municipais”, afirmou. Segundo ele, cerca de 1,5 tonelada de droga foi retirada de circulação por dia.
Redução da violência
Os números refletem também em menos violência. O Estado registrou o menor número de homicídios da série histórica no período. Em 45% dos municípios, não houve nenhum caso de roubo no trimestre.
Maconha: 133,5 toneladas apreendidas
As apreensões de drogas foram impulsionadas, sobretudo, pelo aumento na maconha confiscada. Foram 133,5 toneladas nos três primeiros meses do ano. Isso representa um crescimento de 159% em relação a 2024 e de 119% sobre a marca anterior, registrada em 2021.
Santa Helena liderou com 12,6 toneladas. O município é rota frequente do tráfico por estar separado do Paraguai apenas pelo Lago de Itaipu. Em seguida vieram Guaíra (10,6 t) e Toledo (9,8 t), ambas também próximas de rotas internacionais.
Outras cidades com alto volume de apreensões foram: Maringá (8,5 t), Cascavel (8,1 t), Guarapuava (7,9 t), Foz do Iguaçu (7 t) e Nova Londrina (5,2 t). Ao todo, 134 municípios paranaenses registraram mais de 1 tonelada de maconha apreendida.
Recorde de haxixe
O trimestre também teve o maior volume de haxixe já apreendido no Estado. Foram 661 quilos, mais do que todos os primeiros trimestres dos últimos 11 anos somados.
Cocaína: destaque na capital
A apreensão de cocaína também cresceu. Foram 781 quilos retirados de circulação entre janeiro e março. Curitiba concentrou 210 quilos, ou 27% do total estadual.
Outros destaques foram Balsa Nova (107 kg), Araucária (104 kg), Tijucas do Sul (43 kg) e Quatro Barras (32 kg). Os dados apontam para o sucesso da estratégia de inteligência policial na Região Metropolitana.
Crack e prejuízo ao crime
O crack teve aumento expressivo. Foram mais de 1 tonelada apreendida — 124% acima de 2024 e 81% maior que o recorde anterior, de 2020.
O maior volume foi encontrado em Iporã, no Oeste. Em uma única operação, a Polícia Militar apreendeu meia tonelada de crack e três toneladas de maconha. O prejuízo estimado ao crime foi de R$ 17,7 milhões.
Ao todo, a droga foi confiscada em 182 municípios paranaenses.
Drogas sintéticas em alta
O LSD teve aumento de 96% nas apreensões. Foram 2.288 pontos recolhidos, com maior volume em Curitiba (1.067), Londrina (872) e São José dos Pinhais (118).
O ecstasy também cresceu. Foram 16,3 mil comprimidos apreendidos — alta de 8% em relação ao mesmo período de 2024. As cidades com mais apreensões foram Curitiba (9.830), Araucária (1.475), Cascavel (683), Paranaguá (647) e Londrina (643).
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