Cultura bloqueia comitê após denúncia de gastos para campanhas

O Ministério da Cultura determinou a suspensão temporária das atividades do comitê de cultura do Amazonas e bloqueou seus recursos. A decisão foi tomada após a identificação de indícios de irregularidades na estrutura, que é coordenada por uma ONG ligada à secretária nacional de Mulheres do PT, Anne Moura. Um relatório técnico apontou falhas de transparência, inconsistências e problemas administrativos. A ONG, chamada Iaja, foi alvo de uma análise que levou o ministério a recomendar a paralisação das operações. Gravação revela possível uso político do comitê Anne Moura, cofundadora da ONG, foi gravada em uma reunião pressionando um ex-aliado, Marcos Rodrigues, ex-presidente da entidade, para que a estrutura fosse utilizada em benefício de sua campanha eleitoral em 2024. Na conversa, Moura teria citado a secretária Roberta Martins, do ministério, dizendo que os comitês estaduais deveriam apoiar campanhas políticas. O Ministério da Cultura nega a existência dessa orientação. Disputa interna e acusações mútuas A presidente atual da ONG, Samara Pantoja, apoiou a decisão do ministério e afirmou que Rodrigues tomava decisões sem consultar os demais membros. Segundo ela, denúncias de assédio moral também motivaram sua exclusão da entidade em dezembro de 2023. Por outro lado, Rodrigues nega as acusações e alega que todas as decisões eram tomadas com o conhecimento da diretora financeira, Aline Ponchet, e da própria Anne Moura. Ele afirma que “tudo passava pela mesa dela”. Possíveis irregularidades e envolvimento político O parecer técnico do ministério, finalizado em 28 de fevereiro, apontou uma série de inconsistências no comitê amazonense. Embora Anne Moura não ocupe um cargo formal na ONG, seu nome aparece em agendas oficiais, conteúdos da entidade e em cargos de confiança dentro da estrutura. Além disso, pessoas que trabalharam em sua campanha para vereadora em 2024, como Aline Ponchet e Paulo Moura, fazem parte da ONG e do comitê de cultura. Apesar dessas conexões, o parecer técnico ressalta que Anne Moura “não tem autoridade formal para interferir nas ações do comitê”. Recursos públicos e investigações em andamento A ONG Iaja, responsável pelo comitê no Amazonas, receberá um total de R$ 1,9 milhão em verbas federais e estaduais. O ministério também levou em conta denúncias feitas por Marcos Rodrigues e contra ele. O ex-presidente da ONG afirma que havia um esquema de desvio de verbas para beneficiar um grupo político, enquanto aliados de Anne Moura o acusam de irregularidades e assédio moral. O relatório recomendou a paralisação imediata das atividades do comitê para garantir a transparência e avaliar a continuidade da parceria. Em nota, o ministério afirmou que, até o momento, “não foram identificadas irregularidades” oficialmente, mas reforçou que as investigações continuam. A pasta prometeu implementar medidas para assegurar a boa gestão dos recursos públicos e garantir a imparcialidade do comitê. Reportagem escrita com base na denúncia do Estadão.
Musk afirma que queda no X foi por ataque cibernético

A rede social X, controlada por Elon Musk, enfrentou três grandes falhas de funcionamento nesta segunda-feira (10). Segundo o bilionário, as interrupções podem ter sido provocadas por um ataque cibernético em larga escala. De acordo com o site DownDetector, que monitora quedas de serviços online, os primeiros problemas foram registrados por volta das 7h (horário de Brasília), com mais de 20 mil usuários relatando dificuldades de acesso. Após uma breve melhora, as reclamações dispararam para quase 40 mil por volta das 11h. Já às 13h30, o número de usuários afetados girava em torno de 26 mil. A falha parece ter afetado usuários globalmente, com muitas pessoas relatando que o aplicativo não carregava corretamente. No entanto, os números do DownDetector são baseados em relatos voluntários, o que significa que a real dimensão do problema pode ser ainda maior. Musk levanta suspeita de ataque cibernético Diante da instabilidade, Musk se manifestou no X, sugerindo que “um grupo grande e coordenado, ou até mesmo um país, pode estar envolvido” no suposto ataque. No entanto, até o momento, não há confirmação sobre a origem ou a motivação da possível ofensiva. Desde que adquiriu a plataforma, então chamada de Twitter, em 2022, Musk implementou cortes significativos e promoveu mudanças drásticas na estrutura da empresa. Logo após a compra, demitiu os principais executivos e, poucos dias depois, dispensou cerca de 3.500 funcionários – quase metade da força de trabalho. Ao longo dos meses seguintes, as demissões chegaram a 80% da equipe. Além disso, Musk impôs o retorno obrigatório ao trabalho presencial, uma decisão que gerou polêmica entre os funcionários. O episódio ocorre em um momento turbulento para o bilionário, que também lidera o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), iniciativa criada pelo governo de Donald Trump.
JBS disputa compra da maior produtora de aves do Oriente Médio

JBS disputa compra da Al-Watania, maior produtora de aves do Oriente Médio A JBS (JBSS3) está na corrida pela aquisição da Al-Watania Poultry, principal produtora de aves do Oriente Médio. Segundo a Bloomberg, a empresa brasileira concorre com gigantes do setor, como a Almarai Company, referência no mercado alimentício da Arábia Saudita. As ofertas foram apresentadas separadamente e de forma não vinculativa para a aquisição total da Al-Watania, de acordo com fontes próximas às negociações. A notícia impulsionou as ações da JBS, que registraram alta superior a 2% por volta das 14h. O movimento já era antecipado pelo Goldman Sachs, que analisou a possibilidade de aquisição. “Ao longo dos anos, a JBS tem adotado uma estratégia consistente de alocação de capital para crescimento orgânico e via aquisições. Acreditamos que o Oriente Médio representa uma oportunidade para acelerar a expansão e diversificar a demanda”, avaliou o banco. Procurada pelo Money Times, a JBS ainda não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta matéria. Disputa acirrada pela Al-Watania Além da JBS, outras empresas manifestaram interesse na compra da produtora saudita, entre elas a Tanmiah Food Company e um consórcio liderado pela MHP, empresa ucraniana especializada em tecnologia agrícola. Todas apresentaram ofertas separadas. A consultoria financeira BSF Capital está assessorado o processo de venda da Al-Watania, que analisa sua potencial negociação desde o final de 2023. A transação pode movimentar até 2 bilhões de riais sauditas (cerca de US$ 533 milhões). O Goldman Sachs destacou que a Al-Watania é a maior produtora de frango da Arábia Saudita, com capacidade para abater 1 milhão de aves por dia e processar 1,5 milhão de ovos diariamente. O banco estima que a empresa detenha aproximadamente 20% do mercado de consumo de aves no país, o que representa uma capacidade semelhante a cerca de um quinto da Seara, marca controlada pela JBS. Se concretizado, o negócio acontecerá em um momento estratégico, já que o setor alimentício saudita tem recebido incentivos da reforma econômica promovida pelo príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman. O governo do país reservou pelo menos US$ 4,5 bilhões para estimular a produção interna de aves e reduzir a dependência de importações. Além disso, a Arábia Saudita tem investido em participações em empresas globais como parte de sua estratégia para fortalecer a segurança alimentar. As negociações seguem em andamento, mas ainda há a possibilidade de que os concorrentes desistam ou que a Al-Watania decida não concluir a venda.
Protestos contra Musk tem incêndio em lojas da Tesla

Ataques contra a Tesla se intensificam nos EUA em meio a críticas a Musk e seu vínculo com Trump Nas últimas semanas, uma série de ataques contra concessionárias, estações de recarga e veículos da Tesla tem se espalhado pelos Estados Unidos, evidenciando a crescente insatisfação de parte da população com Elon Musk e sua proximidade com o presidente Donald Trump. Desde a posse do republicano, mais de uma dezena de incidentes violentos foi registrada, incluindo incêndios criminosos, disparos e pichações contra a fabricante de veículos elétricos. A onda de vandalismo ocorre em um momento delicado para a Tesla, que enfrenta queda nas vendas, desvalorização de suas ações e aumento da rejeição por consumidores que antes viam a empresa como referência em inovação e sustentabilidade. Entre os ataques mais graves registrados recentemente estão: Colorado: Uma mulher lançou coquetéis molotov contra carros em uma concessionária da Tesla, pichou a palavra “Nazi” na fachada e escreveu “F— Musk” nas portas de entrada. Oregon: Um homem disparou contra uma loja da Tesla e incendiou veículos estacionados, causando um prejuízo estimado em US$ 500 mil. Massachusetts: Vários carregadores da Tesla foram incendiados em uma estação de recarga dentro de um centro comercial. Maryland: Prédios da Tesla foram pichados com a frase “No Musk” ao lado de um símbolo semelhante a uma suástica. Além dos ataques diretos, manifestações contra a Tesla se espalharam pelo país. Em Nova York, seis pessoas foram presas após ocuparem uma loja da marca, enquanto na Califórnia, manifestantes seguravam cartazes com frases como “Boicote Tesla” e “Fogo em Musk, não nos parques nacionais”. Diante da escalada dos ataques, Elon Musk se manifestou pela primeira vez sobre o assunto e condenou os atos de vandalismo. Em resposta a um vídeo mostrando uma estação de carregamento incendiada, publicado na rede social X, o bilionário afirmou: “Atos criminosos não são liberdade de expressão”. A Tesla também anunciou que tomará providências legais. Em um comunicado oficial, a empresa declarou que irá “responsabilizar judicialmente qualquer pessoa que cause danos às suas instalações”. Musk, que já foi amplamente reconhecido por seu papel na transição energética, tornou-se uma figura polarizadora após se aproximar da política americana. O empresário doou US$ 288 milhões para a campanha de Trump e assumiu um cargo como conselheiro do governo, sendo apelidado por críticos de “Presidente Musk”. Os ataques à Tesla também refletem a indignação com o chamado Departamento de Eficiência Governamental (D.O.G.E.), uma força-tarefa criada por Trump e coordenada por Musk, que tem promovido cortes drásticos no funcionalismo público. A medida resultou na demissão de 100 mil servidores federais e desencadeou uma onda de protestos em diversas partes do país.
Governo Lula aumenta para R$ 3,5 bilhões gastos de publicidade para fortalecer comunicação

Governo Lula destina R$ 3,5 bilhões para publicidade institucional em 2024 O governo federal prevê um gasto de R$ 3,5 bilhões neste ano para divulgar políticas sociais, educacionais e de saúde, além de promover estatais como Correios, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. O levantamento, realizado pela Folha de S. Paulo e divulgado nesta segunda-feira (10), abrange contratos em andamento e licitações em curso envolvendo 21 órgãos públicos. A principal estratégia de comunicação se concentra em iniciativas destacadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seus discursos, como os programas Pé-de-Meia e Mais Especialistas. Em resposta à reportagem, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) afirmou que as campanhas de mídia têm caráter institucional e visam ampliar o conhecimento da população sobre políticas públicas e programas do governo, além de divulgar direitos e serviços federais. Reestruturação na comunicação e crise de popularidade O aumento dos investimentos em publicidade ocorre em um momento de queda na aprovação do presidente, atribuída, em grande parte, ao pessimismo econômico e à alta nos preços dos alimentos desde o final de 2023. Em meio a esse cenário, Lula realizou mudanças na Secom em janeiro, substituindo Paulo Pimenta pelo publicitário Sidônio Palmeira, com o objetivo de reformular a estratégia de comunicação do governo. Principais contratos e destinação dos recursos Dos 21 órgãos federais envolvidos, quatro licitações em andamento somam aproximadamente R$ 700 milhões. O maior contrato é dos Correios, que investirá R$ 380 milhões para reposicionar sua marca e fortalecer sua atuação no mercado de encomendas e logística. O Banco do Brasil lidera os investimentos em publicidade, com previsão de R$ 750 milhões, seguido pela Secom (R$ 562,5 milhões) e pela Caixa Econômica Federal (R$ 468,1 milhões). Na outra ponta, a Infraero tem o menor orçamento do grupo, com R$ 7 milhões anuais. As estatais e ministérios justificam os investimentos como forma de garantir transparência e ampliar a comunicação com a sociedade. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, por exemplo, estima um gasto de até R$ 120 milhões, embora projete um desembolso efetivo de R$ 90,3 milhões em 2024. Já o Ministério da Educação, que teve aumento de 40% no orçamento em relação a 2022, planeja expandir sua verba publicitária de R$ 27,4 milhões para R$ 140 milhões, justificando o acréscimo como parte da expansão de novas políticas educacionais. A Caixa Econômica Federal, em nota, afirmou que os investimentos em publicidade são proporcionais ao porte da instituição e fundamentais para manter sua competitividade no setor. “Os investimentos do banco nessa área seguem rigorosamente os limites legais e orçamentários e são compatíveis com a complexidade de seus negócios”, declarou a estatal.
Brasil registra primeiro caso da nova cepa 1b de mpox

O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de infecção pela cepa 1b da mpox no Brasil. Segundo a pasta, a paciente, uma mulher de 29 anos que mora na região metropolitana de São Paulo, teve contato com um familiar que esteve na República Democrática do Congo, país que enfrenta surto da doença. Em nota, o ministério informou que o caso no Brasil foi confirmado laboratorialmente, por meio da realização de sequenciamento para caracterizar o agente infeccioso. O exame permitiu a obtenção do genoma completo que, segundo a pasta, é muito próximo aos de casos detectados em outros países. “Até o presente momento, não foram identificados casos secundários. A equipe de vigilância municipal mantém o rastreamento de possíveis contatos,” destacou o comunicado. Ainda de acordo com o ministério, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi informada sobre o caso e a pasta, junto às secretarias estadual e municipal de Saúde, solicitou o reforço da rede de vigilância epidemiológica e o acompanhamento da busca ativa de pessoas que tiveram contato com a paciente. Centro de emergênciaEm resposta à declaração de emergência em saúde pública de importância internacional por mpox, decretada pela OMS em agosto de 2024, o ministério instituiu o Centro de Operações de Emergências (COE) para a doença que, segundo a pasta, permanece ativo no intuito de centralizar e coordenar as ações. CasosEm 2024, o Brasil registrou 2.052 casos de mpox. Até o início de fevereiro, 115 casos de cepas da doença haviam sido notificados, mas nenhum deles, até então, era da cepa 1b. Nenhum óbito por mpox foi identificado no Brasil ao longo dos últimos dois anos e a maioria dos pacientes, segundo o ministério, apresenta sintomas leves ou moderados. A doençaCausada pelo vírus Monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado. Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a doença também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados. A mpox pode causar uma série de sinais e sintomas. Embora algumas pessoas apresentem sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento em unidades de saúde. O sintoma mais comum é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. fonte: Agência Brasil
Por dentro da explosiva reunião em que o gabinete de Trump colocou Musk na parede

WASHINGTON — Marco Rubio estava furioso. Lá estava ele, na Sala do Gabinete da Casa Branca, como secretário de Estado, sentado ao lado do presidente dos EUA e ouvindo uma série de ataques do homem mais rico do mundo. Sentado diagonalmente oposto, do outro lado da mesa elíptica de mogno, Elon Musk confrontava Rubio, acusando-o de não reduzir sua equipe. “Você não demitiu ninguém”, disse Musk a Rubio, acrescentando sarcasticamente que talvez a única pessoa que ele tivesse demitido fosse um funcionário do Departamento de Eficiência Governamental de Musk. Rubio estava secretamente irritado com Musk há semanas, desde que sua equipe efetivamente fechou uma agência inteira que supostamente estava sob o controle de Rubio: a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional. Mas, na reunião do gabinete, na frente do presidente Donald Trump e de cerca de 20 outras pessoas — cujos detalhes não haviam sido relatados até agora — Rubio desabafou. “Musk não estava sendo honesto”, disse Rubio. “E os mais de 1.500 funcionários do Departamento de Estado que aceitaram aposentadorias antecipadas em programas de incentivo? Eles não contavam como cortes? Ele perguntou, sarcasticamente, se Musk queria que ele recontratasse todas essas pessoas apenas para demiti-las novamente. Em seguida, apresentou seus planos detalhados para reorganizar o Departamento de Estado. Musk não ficou impressionado. “Você é bom na TV,” ele disse a Rubio, deixando implícito que não era bom para muito mais. Durante todo o tempo, o presidente recostou-se em sua cadeira, braços cruzados, como se estivesse assistindo a uma partida de tênis. Depois que a discussão se arrastou por um tempo desconfortável, Trump finalmente interveio para defender Rubio, dizendo que ele estava fazendo um “ótimo trabalho.” “Rubio tem muito com o que lidar,” disse o presidente. “Ele está muito ocupado, sempre viajando e aparecendo na TV, e tem uma agência para administrar. Então, todos precisam trabalhar juntos.” A reunião foi um possível ponto de virada após as frenéticas primeiras semanas do segundo mandato de Trump. Ela trouxe a primeira indicação significativa de que Trump está disposto a impor alguns limites a Musk, cujos esforços se tornaram alvo de vários processos judiciais e levantaram preocupações entre legisladores republicanos, alguns dos quais reclamaram diretamente ao presidente. Os membros do gabinete quase unanimemente gostam do conceito do que Musk propôs — reduzir desperdícios, fraudes e abusos no governo —, mas ficaram frustrados com a abordagem drástica de Musk para desestabilizar o governo e a falta de coordenação consistente. A reunião de quinta-feira, que foi marcada abruptamente na noite de quarta-feira, foi um sinal de que Trump está atento às crescentes reclamações. Ele tentou agradar ambos os lados, elogiando tanto Musk quanto seus secretários do gabinete. (Pelo menos um, o secretário do Tesouro Scott Bessent, que teve encontros tensos relacionados à equipe de Musk, não estava presente.) O presidente deixou claro que ainda apoiava a missão da iniciativa de Musk. “Mas agora era hora,” disse ele, “de adotar uma abordagem um pouco mais refinada.” A partir de agora, disse Trump, “os secretários estariam no comando; a equipe de Musk apenas aconselharia.” Não está claro qual será o impacto de longo prazo da reunião. Musk continua sendo o maior apoiador financeiro político de Trump — apenas nesta semana, seu super comitê de ação política exibiu US$ 1 milhão em anúncios que diziam: “Obrigado, Presidente Trump” — e o controle de Musk sobre a rede social X fez com que membros da administração e secretários do Gabinete temessem que ele os atacasse publicamente. Mas a sessão expôs as tensões dentro da equipe de Trump, e notícias sobre os confrontos intensos se espalharam rapidamente pelos altos escalões das agências do gabinete após o término da reunião. Este relato é baseado em entrevistas com cinco pessoas com conhecimento dos eventos. Em uma postagem nas redes sociais após a reunião, Trump disse que a próxima fase de seu plano para reduzir a força de trabalho federal seria conduzida com um “bisturi” em vez de um “machado” — uma clara referência à abordagem radical de Musk. Musk, que usou terno e gravata na reunião de quinta-feira em vez de sua habitual camiseta, após Trump criticá-lo publicamente por sua aparência desleixada, defendeu-se dizendo que tinha três empresas com um valor de mercado de dezenas de bilhões de dólares e que seus resultados falavam por si. Mas ele logo entrou em confronto com membros do gabinete. Momentos antes do desentendimento com Rubio, Musk e o secretário de Transportes Sean Duffy discutiram sobre o estado dos equipamentos da Administração Federal de Aviação para rastreamento de aviões e sobre qual tipo de solução era necessária. Howard Lutnick, o secretário de Comércio, interveio para apoiar Musk. Duffy disse que a jovem equipe de Musk estava tentando demitir controladores de tráfego aéreo. “O que devo fazer?” disse Duffy. “Tenho vários acidentes de avião para lidar agora, e sua equipe quer que eu demita controladores de tráfego aéreo?” Musk disse a Duffy que sua afirmação era uma “mentira.” Duffy insistiu que não era; ele havia ouvido isso diretamente deles. Musk, perguntando quem havia sido demitido, disse: “Dê-me os nomes. Diga-me os nomes.” Duffy disse que não havia nomes, porque ele havia impedido que fossem demitidos. Em outro momento, Musk insistiu que pessoas contratadas sob programas de diversidade, equidade e inclusão estavam trabalhando em torres de controle. Duffy rebateu, e Musk não deu detalhes adicionais, mas disse durante a discussão que Duffy tinha seu número de telefone e deveria ligar para ele se tivesse algo a relatar. A troca terminou com Trump dizendo a Duffy que ele precisava contratar pessoas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) como controladores de tráfego aéreo. “Esses controladores de tráfego aéreo precisam ser ‘gênios’,” disse ele. O secretário de Assuntos de Veteranos, Doug Collins, está lidando com um dos desafios politicamente mais sensíveis de todos os secretários do Gabinete. Os cortes de Musk vão afetar milhares de veteranos de guerra — uma base poderosa e parte central do eleitorado de Trump. Collins destacou que eles não deveriam usar um instrumento
China impõe tarifa retaliatória de até 100% a produtos alimentícios do Canadá

O governo chinês anunciou neste sábado (8) que irá impor tarifas retaliatórias sobre vários produtos importados do Canadá, como resposta às medidas semelhantes adotadas por Ottawa em outubro de 2024. De acordo com a Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado da China, as novas tarifas entrarão em vigor a partir de 20 de março de 2025. As tarifas anunciadas são significativas: a China aplicará uma tarifa de 100% sobre produtos alimentícios canadenses, incluindo óleo de canola e ervilhas. Já produtos de frutos do mar e carne suína canadenses terão uma tarifa de 25%. Segundo as autoridades chinesas, essas ações estão de acordo com as leis internas do país, como a Lei de Tarifas e a Lei de Comércio Exterior da República Popular da China. O governo chinês destacou que a imposição de tarifas pelo Canadá em outubro de 2024 foi uma das razões para a decisão. Naquele período, Ottawa impôs uma tarifa de 100% sobre os veículos elétricos fabricados na China, além de uma tarifa adicional de 25% sobre produtos de aço e alumínio chineses. Em sua resposta, a China acusou o Canadá de praticar “protecionismo comercial”, argumentando que as ações de Ottawa desconsideraram “os fatos objetivos e as regras da Organização Mundial do Comércio”. O governo chinês afirmou que tais medidas prejudicam de maneira substancial as relações econômicas e comerciais entre os dois países, violando seus direitos e interesses legítimos. Por fim, a China pediu ao Canadá que adote uma postura mais racional em relação à cooperação econômica bilateral, respeitando as normas do comércio internacional, e solicitou a correção imediata das “ações errôneas” adotadas por Ottawa. A China enfatizou que as medidas unilaterais do Canadá não ajudam a construir uma relação comercial estável e mutuamente benéfica entre os dois países.
Polônia fala em obter armas nucleares, prepara serviço militar e dobrará Exército

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, anunciou em um discurso no Parlamento na sexta-feira (7) que o país pretende desenvolver armas nucleares e expandir significativamente seu Exército para reforçar suas defesas, diante da crescente ameaça da Rússia à segurança europeia. Tusk destacou que a Polônia precisa ir além das armas convencionais, pois o cenário geopolítico e militar na Europa está em constante mudança, como demonstrado pela guerra na Ucrânia. Em suas palavras, ele afirmou: “Não basta comprar armas convencionais, as mais tradicionais. O campo de batalha está mudando diante de nossos olhos mês a mês. A Polônia deve buscar as possibilidades mais modernas, também relacionadas a armas nucleares e armas não convencionais.” A declaração reflete a preocupação com a evolução das ameaças e a necessidade de uma postura defensiva mais robusta. Além disso, o governo polonês anunciou um plano de expansão para o Exército do país, com a meta de dobrar seu tamanho, passando de 230 mil para 500 mil soldados. A implementação de um serviço militar obrigatório, que incluirá reservistas, está prevista para ocorrer até o fim do ano, como parte dessa estratégia de reforço. Tusk também alertou sobre o impacto de um possível acordo de paz favorável à Rússia na Ucrânia, que poderia criar uma situação geopolítica mais difícil para a Polônia. O risco de a Rússia expandir suas ambições para o leste europeu caso a Ucrânia seja derrotada preocupa o governo polonês, que já enfrenta a histórica ameaça russa. Em um cenário mais amplo, a União Europeia está se preparando para um novo investimento em Defesa, com um aporte de 800 bilhões de euros nos próximos anos, sendo 150 bilhões destinados ao curto prazo. Essa medida visa reforçar as forças armadas europeias e continuar o apoio à Ucrânia. A Polônia, no entanto, tornou-se o primeiro país europeu em décadas a considerar abertamente o desenvolvimento de armas nucleares. Tusk, no entanto, afirmou estar aberto à proposta francesa de oferecer a proteção do arsenal nuclear da França para a Europa, como uma alternativa à corrida armamentista. Esse plano visa fornecer dissuasão em caso de ameaça russa. Com uma história de invasões e dominação russa, a Polônia está profundamente preocupada com a escalada da guerra na Ucrânia e os possíveis desdobramentos para a região. Tusk concluiu seu discurso afirmando que, apesar das dificuldades, a Polônia permanecerá segura e invencível, destacando que a segurança do país é a principal prioridade no atual cenário internacional. Neste ano, a Polônia se destaca como o país da Europa com o maior gasto com Defesa, destinando 4,7% de seu PIB para armamentos, o nível mais alto entre os membros da OTAN.
Como saber se é necessário declarar o Imposto de Renda em 2025?

Se você está em dúvida sobre a necessidade de declarar o Imposto de Renda em 2025, há alguns critérios que determinam essa obrigatoriedade. Confira abaixo as principais situações que exigem a entrega da declaração: Rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 – Isso inclui salários, aposentadoria, aluguéis e outros rendimentos. Rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 200 mil – Como FGTS, indenização trabalhista, pensão alimentícia, entre outros. Receita bruta de atividade rural superior a R$ 153.199,50 – Para quem trabalha no setor rural e obteve essa receita. Compensação de prejuízos de atividade rural – Caso tenha ocorrido em 2024 ou em anos anteriores. Ganho de capital – Se você teve ganho com a venda de bens ou direitos, sujeito ao imposto, em qualquer mês do ano. Operações em bolsa de valores – Caso tenha realizado vendas de ações (com ou sem incidência de imposto) cujo total superou R$ 40 mil, ou se houve operações day trade com apuração de ganho líquido. Venda de ações em operações comuns – Se as vendas de ações em qualquer mês do ano anterior somaram mais de R$ 20 mil. Posse ou propriedade de bens no valor total superior a R$ 800 mil – Isso inclui imóveis, veículos e outros bens. Declaração de bens, direitos e obrigações no exterior – Caso tenha optado por declarar como se fossem bens diretamente detidos pela pessoa física. Titularidade de trust – Caso tenha sido titular de trust em 31 de dezembro. Atualização do valor de mercado de bens e direitos no exterior – Se você fez essa opção. Esses são os principais critérios que determinam a obrigatoriedade da declaração do Imposto de Renda 2025. Se você se enquadra em qualquer uma dessas situações, é importante preparar sua documentação para cumprir com a obrigação fiscal.