Trump aumenta tarifas sobre a China para 125%

Medida eleva tensão comercial e inclui pausa temporária em tarifas recíprocas de até 10%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas medidas comerciais nesta quarta-feira (9). Em sua rede social, ele declarou que irá aumentar as tarifas sobre a China para 125%. Ao mesmo tempo, impôs uma pausa de 90 dias nas chamadas tarifas recíprocas, limitando-as a 10% durante esse período.

As novas ações entraram em vigor imediatamente.

Zhongnanhai, sede do governo comunista Chinês

“Autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%”, escreveu o republicano. Segundo Trump, a intenção é forçar a China a voltar à mesa de negociações.

Tensão com Pequim aumenta

Ao justificar o aumento tarifário, Trump acusou Pequim de desrespeitar os mercados internacionais. “A China precisa entender que não é mais aceitável explorar os EUA ou outros países”, afirmou.

O anúncio abrange 57 países que seriam taxados acima de 10%. Tarifas de até 10%, como as aplicadas ao Brasil, já estavam em vigor desde sábado (5). As tarifas de 104% sobre a China também haviam sido iniciadas nas primeiras horas desta quarta.

Agora, com o novo ajuste, Trump aumenta tarifas sobre a China para 125%, aprofundando a disputa entre as duas maiores economias do mundo.

Resposta da China

Pequim reagiu rapidamente. O governo chinês elevou as tarifas sobre produtos americanos em 84%. Além disso, impôs sanções a 18 empresas dos EUA, principalmente do setor de defesa.

Segundo o Ministério das Finanças da China, as ações de Washington ferem gravemente os princípios do comércio internacional. Em nota, o governo chinês classificou as tarifas como “um erro em cima de outro”, que ameaça a estabilidade do sistema multilateral.

Desde o início das tensões comerciais, cerca de 60 empresas americanas já foram alvos de sanções chinesas.