Justiça da Coreia do Sul rejeita impeachment do primeiro-ministro

O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul rejeitou o impeachment do primeiro-ministro Han Duck-soo nesta segunda-feira (24/3). Com isso, ele retorna ao cargo de presidente interino. Durante o julgamento, o ministro das Finanças, Choi Sang-mok, ocupou a posição temporariamente.

Han enfrentava acusações graves. A oposição o acusava de apoiar o golpe militar do presidente Yoon Suk-yeol. Além disso, ele teria bloqueado a nomeação de três juízes do Tribunal Constitucional para influenciar o processo. No entanto, por cinco votos a um, os juízes rejeitaram a denúncia.

impeachment na Coreia do Sul
Primeiro ministro recolocado Han Duck-soo

A decisão representou uma vitória para os aliados de Suk-yeol. Após o veredicto, Han agradeceu à Justiça. Em entrevista, ele defendeu o fim dos conflitos políticos extremos. Além disso, prometeu trabalhar pela estabilidade do país e proteger a economia.

Crise política continua com julgamento de Yoon Suk-yeol

Apesar da decisão, a crise política não acabou. O presidente Yoon Suk-yeol ainda aguarda o julgamento de impeachment. Ele foi acusado de rebelião após decretar lei marcial e enviar tropas ao parlamento. Se a Justiça confirmar sua destituição, o país precisará realizar novas eleições.

A oposição pressiona por uma decisão rápida. Em comício, o líder opositor Lee Jae-myung pediu urgência no julgamento. “O golpe militar ilegal de Yoon Suk-yeol mantém o país em suspense”, declarou.

Yoon foi preso em janeiro. No entanto, devido a falhas no processo, foi solto no início de março. Mesmo assim, ele ainda pode ser condenado. Na Coreia do Sul, rebelião pode levar à prisão perpétua ou até à pena de morte.

Golpe fracassado e reação do parlamento

A crise começou em dezembro. Yoon Suk-yeol surpreendeu o país ao decretar lei marcial. Além disso, enviou o Exército para ocupar o parlamento. Ele alegava que a oposição conspirava com a Coreia do Norte.

No entanto, os deputados reagiram. Em uma votação unânime, derrubaram a lei marcial e exigiram o retorno do governo civil. Sem alternativas, Suk-yeol teve que recuar.

Dias depois, o parlamento aprovou seu impeachment. Além disso, também votou pela destituição de Han Duck-soo. Os deputados alegaram que o primeiro-ministro obstruiu a Justiça ao não nomear novos juízes.

Agora, com a rejeição do impeachment de Han, as atenções se voltam para Yoon Suk-yeol. O julgamento do presidente afastado será decisivo para o futuro político da Coreia do Sul.