Senador questiona influenciador sobre acordo judicial envolvendo crimes ligados ao "jogo do tigrinho"
Rico Melquiades é confrontado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) durante depoimento na CPI das Bets, no Senado. O parlamentar questionou o influenciador sobre uma confissão assinada em um processo judicial que tramita na Justiça de Alagoas. A investigação ocorre no âmbito da Operação Game Over 2, que apura o envolvimento de influenciadores digitais com jogos de azar.

Confissão e silêncio
Izalci destacou que, em abril de 2025, Rico confessou formalmente os crimes de associação criminosa e falsidade ideológica. O acordo, feito com o Ministério Público de Alagoas, resultou no pagamento de R$ 1 milhão e evitou a continuidade do processo penal.
“Essa confissão é pública. O senhor pode explicar à comissão os atos que levaram à confissão?”, questionou o senador.
O influenciador invocou o direito ao silêncio. “Eu me reservo no direito de ficar calado”, respondeu, citando a prerrogativa assegurada pelo Supremo Tribunal Federal.
Defesa e críticas ao Congresso
Apesar do silêncio sobre a confissão, Rico defendeu seu trabalho como divulgador de jogos. “Se eu divulgo hoje, é porque o Congresso aprovou. Estou fazendo meu trabalho”, disse. Ele destacou que não obriga ninguém a jogar e sempre alerta sobre os riscos.
“Desde que o mundo é mundo, num jogo, ou você ganha ou perde”, afirmou.
“É entretenimento”
Com mais de 10 milhões de seguidores, Rico afirmou que também joga. “Faço isso para aliviar a ansiedade. É diversão e entretenimento. Eu jogo pra mim mesmo”, explicou.
Debate sobre sigilo
O presidente da CPI, Hiran Gonçalves (PP-RR), afirmou que o acordo judicial firmado por Rico não era público e teria vazado. Izalci rebateu: “Não foi esta comissão que vazou”.
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI, também questionou Rico sobre a confissão. Mais uma vez, ele recusou-se a responder.
Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!