Governo do Paraná realiza soltura de 500 mil peixes no Rio Passaúna

O projeto Rio Vivo deu mais um passo importante nesta quinta-feira (20) com a soltura de 500 mil peixes nativos no Parque Municipal Passaúna, em Curitiba. A ação, promovida pelo Governo do Estado em parceria com a Prefeitura, faz parte da estratégia de recuperação dos rios paranaenses. Além do repovoamento, a iniciativa incluiu o plantio de árvores frutíferas na mata ciliar e a assinatura de um convênio de R$ 4,5 milhões com a Universidade Estadual de Maringá (UEM) para pesquisas ambientais.

Preservação dos rios e sustentabilidade

O Governador Ratinho Junior destacou que a iniciativa integra um plano maior de sustentabilidade, que engloba o plantio de árvores nativas, o incentivo às energias renováveis e a conservação dos recursos hídricos.

“Nosso objetivo é garantir que os rios do Paraná continuem vivos e produtivos. Hoje, soltamos meio milhão de peixes em Curitiba, e a meta é chegar a 10 milhões até 2026”, afirmou o governador.

O prefeito Eduardo Pimentel também ressaltou a importância da ação. “Além de fortalecer o meio ambiente, essa soltura beneficia diretamente a qualidade da água que abastece Curitiba e incentiva a pesca esportiva”, disse.

Expansão do projeto Rio Vivo

O projeto Rio Vivo é coordenado pela Superintendência Geral das Bacias Hidrográficas e Pesca, vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). Para garantir um repovoamento adequado, os peixes soltos – traíras e lambaris – foram selecionados seguindo critérios científicos para evitar desequilíbrios ambientais.

A ação faz parte da segunda fase do programa, iniciada em novembro de 2024, e prevê a soltura de 2,6 milhões de peixes nas bacias dos rios Tibagi, Piquiri, Iguaçu e Ivaí. Ao todo, o Estado está investindo R$ 558 mil nessa etapa.

projeto rio vivo


Educação ambiental e impacto econômico

Além do aspecto ambiental, o projeto também tem um papel educativo. Escolas e comunidades ribeirinhas participam de atividades como plantio de mudas e limpeza de rios, fortalecendo a conscientização sobre a preservação dos recursos naturais.

O secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, destacou que o Rio Vivo não apenas recupera a fauna aquática, mas também impulsiona a economia local. “A pesca esportiva, por exemplo, pode gerar até R$ 940 por peixe para o comércio e o turismo das cidades envolvidas”, explicou.

Base científica e inovação no repovoamento dos rios

Para ampliar a efetividade do programa, o Governo do Paraná assinou um convênio de R$ 4,6 milhões com a Universidade Estadual de Maringá (UEM). A parceria envolve pesquisas sobre a preservação de espécies nativas e o desenvolvimento de um banco genético para peixes em risco.

“Com o suporte dos nossos laboratórios, vamos identificar as espécies mais adequadas para cada bacia e garantir um repovoamento eficiente”, afirmou o reitor da UEM, Leandro Vanalli.

Com iniciativas estruturadas e investimento contínuo, o projeto Rio Vivo reforça o compromisso do Paraná com a sustentabilidade, equilibrando preservação ambiental e desenvolvimento econômico.