Desemprego sobe para 7% em março e rendimentos batem recorde

IBGE aponta alta no desemprego e recorde de rendimento médio no primeiro trimestre de 2025

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 7,0% no trimestre encerrado em março de 2025. O número representa um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, encerrado em dezembro de 2024. Mesmo assim, o índice continua abaixo dos 7,9% registrados no mesmo período do ano passado.

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Segundo o IBGE, essa ainda é a menor taxa para o trimestre desde o início da série histórica, iniciada em 2012. Até então, o recorde era do primeiro trimestre de 2014, com 7,2%.

O aumento foi puxado pelo crescimento da população desocupada. No período, mais 891 mil pessoas passaram a procurar trabalho, uma alta de 13,1% em relação ao trimestre anterior.

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Apesar da elevação, o mercado já esperava que a taxa alcançasse 7,0%. No trimestre encerrado em fevereiro, o desemprego havia subido para 6,8%.

Renda do trabalhador bate recorde
Enquanto o desemprego e renda do trabalhador seguem em direções opostas, o rendimento médio dos ocupados alcançou novo recorde. No primeiro trimestre de 2025, a média salarial chegou a R$ 3.410, maior valor desde o início da série histórica, em 2012.

Houve alta de 1,2% no trimestre e de 4% na comparação anual. Setores como agricultura e administração pública puxaram o crescimento. No campo, o rendimento aumentou 4,1% (R$ 85). Já nos serviços públicos e sociais, a alta foi de 3,2% (R$ 145).

A massa de rendimento real habitual se manteve estável no trimestre, somando R$ 345 bilhões. No entanto, subiu 6,6% (R$ 21,2 bilhões) em relação ao mesmo período de 2024.

Geração de empregos formais desacelera
Apesar dos indicadores positivos na renda, os dados do Caged mostram desaceleração na criação de empregos com carteira assinada em março. Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o número ficou abaixo dos marços anteriores.

Ele apontou fatores sazonais, como o Carnaval ter ocorrido em março, como motivo para o resultado mais fraco. Ainda assim, o ministro reforçou que o mercado de trabalho segue aquecido, mesmo com os juros altos e a economia em ritmo lento.

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