Desemprego sobe para 6,8% após mínimas históricas em 2024

Taxa de desocupados cresce, mas rendimento e emprego formal batem recorde

A taxa de desemprego sobe para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao período anterior (6,1%). Os dados são da Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (28).

Apesar da alta, o índice se manteve no patamar mais baixo já registrado para trimestres encerrados em fevereiro, igualando a marca de 2014. O resultado era esperado, após a taxa atingir mínimas históricas no final de 2024.

O total de pessoas desempregadas alcançou 7,5 milhões, um crescimento de 10,4% (701 mil a mais) no trimestre. No entanto, em comparação com o mesmo período do ano passado, houve queda de 12,5% (1,1 milhão a menos).

Desemprego sobe para 6,8%

Recorde de emprego formal e renda
Mesmo com o aumento do desemprego, o rendimento médio dos trabalhadores atingiu o recorde da série histórica do IBGE, chegando a R$ 3.378. A massa de rendimentos também alcançou um novo pico, totalizando R$ 342 bilhões.

O número de trabalhadores com carteira assinada subiu para 39,6 milhões, novo recorde, com alta de 1,1% no trimestre (421 mil pessoas a mais). Já o emprego sem carteira caiu 6% no período, mantendo estabilidade na comparação anual.

Desemprego em 2024: um ano de mínimas históricas
Em 2024, 14 estados registraram as menores taxas de desemprego da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. O Brasil fechou o ano com taxa média de 6,6%, refletindo a expansão do emprego formal e o crescimento da economia.

Santa Catarina (2,9%) e Mato Grosso (2,6%) tiveram os menores índices do país. No Nordeste, a taxa caiu para 9%, a melhor desde 2015. Bahia e Pernambuco ainda lideram o desemprego, com 10,8% cada.

Informalidade segue elevada
A taxa de informalidade permaneceu alta em 2024, fechando em 39% da população ocupada. Os estados com maior informalidade foram Pará (58,1%), Piauí (56,6%) e Maranhão (55,3%). Os menores índices ficaram com Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,6%) e São Paulo (31,1%).