A represa do Rio Passaúna, localizada no Parque Passaúna, na CIC, recebeu 500 mil peixes nativos nesta quinta-feira (20/3). A iniciativa faz parte do programa Rio Vivo, promovido pelo Governo do Estado, que tem como meta soltar 10 milhões de peixes nos rios paranaenses até 2026. Somente em Curitiba, o projeto prevê a soltura de 2,6 milhões de peixes nas bacias dos rios Tibagi, Piquiri, Iguaçu e Ivaí, com investimentos de R$ 558 mil.
O evento contou com a participação de crianças das escolas Professor Ulisses Falcão Vieira, Nilza Tartuce e José Fressato, que acompanharam não apenas a soltura dos peixes, mas também o plantio de cinco ipês-rosas ao lado da represa. Nos últimos dias, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente plantou mais 25 árvores no local, incluindo espécies como erva-mate, vacuum, açoita-cavalo, araticum e ingá-banana. A atividade educativa ainda teve a presença da Família Folhas, incentivando a conscientização ambiental entre os estudantes.
O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, destacou os avanços ambientais recentes da cidade e reforçou a importância do Parque Passaúna como um dos 52 espaços verdes da capital. “Nossa meta é plantar meio milhão de árvores nos próximos quatro anos. Na próxima semana, vamos chegar à marca de 50 mil mudas plantadas. A sustentabilidade é prioridade para nossa gestão, equilibrando desenvolvimento com preservação ambiental. Receber essa etapa do projeto Rio Vivo reforça esse compromisso”, afirmou.
O evento também marcou a assinatura de um convênio entre o Governo do Estado e a Universidade Estadual de Maringá (UEM) para o desenvolvimento do Programa de Recuperação de Espécies Nativas de Peixes de Piracema. O investimento de R$ 4,5 milhões permitirá avanços na pesquisa genética e na reprodução de espécies ameaçadas, ampliando a capacidade de repovoamento dos rios paranaenses.
Rio Vivo: conservação e sustentabilidade
Coordenado pela Superintendência Geral das Bacias Hidrográficas e Pesca, ligada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), o projeto Rio Vivo segue regras do Instituto Água e Terra (IAT) para garantir que apenas espécies nativas sejam introduzidas, respeitando o ecossistema local.
Desde 2021, o programa já soltou 3 milhões de peixes nos rios do estado. A previsão é atingir 10 milhões até 2026, beneficiando diversas bacias hidrográficas.
No Parque Passaúna, o repovoamento foi feito com traíras e lambaris em fase juvenil, que possuem maior taxa de sobrevivência em comparação aos alevinos. A iniciativa faz parte da segunda fase do Rio Vivo, iniciada em novembro de 2024, que destinará 2,6 milhões de peixes aos rios Tibagi, Piquiri, Iguaçu e Ivaí.