STF mantém prisão de Collor por 6 votos a 4

Corte rejeita pedido da defesa e avaliza decisão de Alexandre de Moraes Maioria do STF confirma ordem de prisão após recursos rejeitados O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta segunda-feira (28), manter a prisão de Fernando Collor. A votação terminou com 6 votos a favor e 4 contrários. A decisão confirma a ordem de prisão expedida na última quinta-feira (24) pelo ministro Alexandre de Moraes. Leia mais: CPI das Bets prende empresário por mentir em depoimento A análise ocorreu em plenário virtual. Nesse formato, cada ministro deposita seu voto de forma remota. A maioria acompanhou o relator, Alexandre de Moraes. Também votaram pela manutenção da prisão os ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Foram contrários André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques. Cristiano Zanin se declarou impedido. Julgamento chegou a ser suspenso por Gilmar Mendes Na sexta-feira (25), Gilmar Mendes suspendeu temporariamente o julgamento ao pedir destaque para o plenário físico. No entanto, voltou atrás no sábado (26), liberando a retomada no ambiente virtual. Com isso, os últimos votos foram incluídos nesta segunda-feira, selando o placar de 6 a 4. Defesa argumenta uso legítimo de recursos O primeiro voto divergente foi do ministro André Mendonça. Ele discordou do entendimento de Moraes de que os recursos apresentados seriam meramente protelatórios. Para Mendonça, as medidas fazem parte do direito à ampla defesa e impediriam a execução imediata da pena, já que a condenação ainda não teria transitado em julgado. Pedido por prisão domiciliar será avaliado A defesa de Collor também tenta reverter o regime fechado. Dois laudos médicos apontam comorbidades graves, e os advogados solicitam prisão domiciliar. O STF aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de decidir. Nos bastidores, ministros demonstraram preocupação com a celeridade do caso, dada sua relevância política. A ausência de sessões presenciais nesta semana e a desistência de Gilmar Mendes de levar o caso ao plenário físico contribuíram para a conclusão rápida do julgamento. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!

Governo Federal assina concessão dos lotes 3 e 6 do novo pedágio no Paraná

Governador Ratinho Junior esteve em Brasília para participar da solenidade Representantes do Governo Federal assinaram na tarde desta segunda-feira (28) os contratos de concessão dos lotes 3 e 6 do novo modelo de pedágio do Paraná. A cerimônia ocorreu em Brasília, no Palácio do Planalto, com a presença do governador Ratinho Junior (PSD), além de ministros, lideranças políticas paranaenses e representantes das empresas vencedoras dos leilões. Os dois lotes integram o novo sistema de concessões rodoviárias do Estado, que promete tarifas mais baixas e obras de modernização em rodovias estratégicas. Juntos, os lotes somam mais de 1,8 mil quilômetros de estradas federais e estaduais que agora passarão a ser administradas pela iniciativa privada. O Lote 3, leiloado em março, foi arrematado pela CCR S.A. Já o Lote 6 ficou com o Grupo EPR, que também venceu a disputa pelo Lote 2 realizada na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Durante o evento, o governador Ratinho Junior destacou o crescimento acima da média do Paraná. “A nossa atividade econômica apareceu com 8.2% de crescimento. Esse crescimento foi fruto de um grande planejamento que começou em 2019. Nós começamos a nos dedicar para que o Estado se consolidasse em duas áreas importantes: transformar o Paraná no supermercado do mundo e a consolidação do Paraná como uma central logística da América do Sul. Nós passamos a organizar o Porto de Paranaguá e fizemos uma proposta ao Governo Federal, de juntar as rodovias estaduais com as federais, para que essas concessões pudessem ser levadas juntas ao setor privado, de modo que conseguíssemos buscar investidores que tivessem investimento robusto. Esses 6 lotes fizeram com que a gente criasse o maior pacote de concessão rodoviária da América Latina”, detalhou o chefe do executivo paranaense. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participou da cerimônia, apesar de ter sido previamente confirmado. De acordo com o Ministro dos Transportes, Renan Filho, a ausênncia de Lula se deu devido a viagem para participar do velório do Papa Francisco, no Vaticano. O ministro destacou que a viagem acabou represando atividades e que o presidente precisou realizar outras ações que acabaram atrasando, principalmente ações voltadas ao feriado do Dia do Trabalho, celebrado na próxima quinta-feira (1). Ainda em sua fala, o ministro dos Transportes, ressaltou que os contratos preveem investimentos de cerca de R$ 30 bilhões nos próximos 30 anos e que estão previstas duplicações, construção de terceiras faixas, obras de segurança viária e manutenção constante das vias. “Do cara que planta aquele que roda o supermercado vendendo, todo mundo ganha quando perde-se menos tempo nas rodovias e correm-se menos riscos na rodovia. Quem paga a manutenção e o investimento é exatamente o mais pobre. Por isso, é tão importante a gente fazer essa mudança de perspectiva, porque esse é um modelo justo, que garante os investimentos que o desenvolvimento do Estado precisa e que vai mudar paradigmas”, explicou Renan Filho. Pedágios são diferentes do antigo Anel de Integração O novo modelo de concessão, diferente do sistema anterior, foi estruturado com base na menor tarifa e prevê mecanismos de controle rigorosos para evitar atrasos nas obras e garantir que os descontos sejam repassados efetivamente aos usuários. O ministro dos Transportes, Renan Filho, ressaltou que o Paraná está se tornando referência nacional na modelagem de concessões. “Esse novo pedágio é resultado de diálogo e de uma construção coletiva que respeitou a população, o setor produtivo e os interesses do Paraná”, disse. Leia mais: Progressistas e União Brasil confirmam federação e abrem disputa pela candidatura ao Governo do Paraná O diretor-presidente da EPR Rodovias, José Carlos Cassaniga celebrou a participação ativa da empresa na infraestrutura paranaense. “A EPR se sente muito honrada com mais essa oportunidade de contribuir com o desenvolvimento sustentável de importantes regiões brasileiras, por meio de atuações concentradas de salvar vidas nas rodovias, promovendo investimentos consistentes e serviços de excelência aos nossos usuários. Os investimentos realizados vão gerar mais de 180 mil empregos.  A nova concessionária terá foco para que cada trecho das rodovias que compõem esse lote esteja adequado para a segurança dos usuários”, comentou. Eduardo Camargo, diretor-presidente da Motiva Rodovias, a antiga CCR Rodovias, afirma que voltar ao Paraná é uma grande satisfação. “Quando fomos estudar a concessão, nós ficamos muito surpresos com o crescimento do tráfego. No nosso trecho nós vamos fazer um investimento de cerca de R$ 11 bilhões. Independente da assinatura do contrato ou não, a gente já colocou a turma para trabalhar, o investimento para rodar. A geração de emprego já está muito presente”. As primeiras praças de pedágio sob as novas concessões devem começar a operar nos próximos meses, após a conclusão de processos administrativos e o início das operações assistidas. O Lote 3 integra o chamado Corredor Norte, que conecta o interior do Paraná ao Porto de Paranaguá, além de interligar o Estado com Santa Catarina e São Paulo. Já o Lote 6 passa por 32 municípios que liga a região Oeste, nas fronteiras com o Paraguai e Argentina, ao Porto de Paranaguá. Essa assinatura marca mais um passo na renovação do sistema de pedágio paranaense, que ficou sem cobrança desde o fim dos antigos contratos, em novembro de 2021. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!  

Ex-juíza diz ter sido pressionada por Moro para acobertar irregularidades na Lava Jato

Luciana Bauer relata sumiço de documentos e pressão para manter presos A ex-juíza Luciana Bauer relatou que uma decisão assinada por ela, que determinava o cumprimento de ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), simplesmente desapareceu do sistema eletrônico da Justiça. Segundo Bauer, as diretoras do tribunal sabiam da ocultação de habeas corpus e da exclusão de documentos de plantonistas, mas nenhuma investigação séria foi feita. Pressões internas e esquema reveladoApós denunciar as irregularidades, Bauer afirma que passou a sofrer pressões, inclusive do então juiz Sergio Moro. “Desde o início, pedi investigações sobre recursos financeiros e falsidades ideológicas, como a ocultação de documentos”, disse. Leia mais: STF retoma julgamento que pode manter prisão de Collor Ela destacou que habeas corpus de todo o país eram escondidos para manter pessoas presas e forçá-las a delatar. “Esse era o esquema”, afirmou. Dados apagados e perda de provasBauer revelou ainda que guardava provas das irregularidades em seu computador no tribunal. No entanto, técnicos do TRF-4 trocaram o hardware alegando problemas, e todos os documentos desapareceram após a substituição. “É necessário fazer uma devassa nos dados apagados do e-proc”, reforçou a ex-juíza. Crítica ao JudiciárioEm tom crítico, Luciana Bauer afirmou que o Judiciário deveria reconhecer os erros cometidos durante a operação. “Meu sonho seria ver uma pedra dourada na entrada do TRF-4 dizendo: ‘Aqui conspurcamos a Constituição. Aqui não se fez Justiça. Pedimos desculpas ao povo brasileiro por termos roubado uma eleição’. Mas sei que isso não vai acontecer”, concluiu. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!

Justiça condena Pablo Marçal a 8 anos de inelegibilidade

Empresário fica inelegível por oito anos e foi multado em R$ 420 mil A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o empresário Pablo Marçal (PRTB) pela segunda vez em 2025. Nesta nova decisão, Marçal foi acusado de abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e gastos ilícitos durante a campanha municipal de 2024. Agora, Pablo Marçal condenado ficará inelegível por oito anos e terá que pagar uma multa de R$ 420 mil. Ainda cabe recurso. O juiz Antonio Maria Patino Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, julgou parcialmente procedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije). A ação foi movida pelo PSB, partido da ex-candidata Tabata Amaral, adversária de Marçal. O PSB acusou Marçal de impulsionar ilegalmente sua candidatura nas redes sociais. Segundo a decisão, vídeos promovendo concurso de cortes de suas falas foram divulgados para milhões de seguidores no TikTok, YouTube e Instagram. Leia mais: Zema, Caiado e Ratinho Jr falam em uniao para derrotar Lula em 26 O juiz entendeu que houve também gasto ilícito de recursos. De acordo com ele, Marçal estimulou terceiros a impulsionar vídeos, o que configurou uma forma irregular de promoção eleitoral. A condenação está baseada no artigo 22, inciso XIV, da Lei Complementar nº 64/1990. No mesmo processo, Antônia de Jesus Barbosa Fernandes, ex-candidata a vice-prefeita, foi absolvida. Além disso, Marçal foi multado em R$ 420 mil por descumprir uma medida liminar na AIJE 0601153-47.2024.6.26.0001, conforme o artigo 537 do Código de Processo Civil. O pedido para condená-lo por compra de votos, no entanto, foi rejeitado. Leia mais: Barroso descarta anistia para 8 de Janeiro: “O que aconteceu é imperdoável” Apesar disso, o juiz determinou que o Ministério Público Eleitoral investigue eventuais crimes cometidos pelos donos dos perfis que impulsionaram os cortes de vídeos. Em nota, Pablo Marçal afirmou que a decisão é “temporária”. “Cumprimos todos os requisitos legais durante a campanha. Confio na Justiça e estou certo de que vamos reverter”, disse. Segunda condenação no mesmo anoEsta é a segunda vez que Pablo Marçal condenado enfrenta inelegibilidade. Em fevereiro, o mesmo juiz determinou sua primeira condenação. Na ocasião, ficou comprovado que Marçal ofereceu apoio político a candidatos a vereador, cobrando R$ 5 mil em troca de divulgação em vídeos. Segundo o juiz, Marçal também usou redes sociais para espalhar fake news sobre o sistema de arrecadação eleitoral e atacou adversários. “Não é permitido usar redes sociais para disseminar informações falsas sobre o fundo partidário ou fazer propaganda negativa”, escreveu Zorz na primeira sentença. Assim, as duas decisões aumentam o impacto negativo na carreira política de Marçal e complicam seus futuros planos eleitorais. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!

Progressistas e União Brasil confirmam federação e abrem disputa pela candidatura ao Governo do Paraná

Senador Sergio Moro e ex-governadora Cida Borghetti já lançaram pré-candidatura Em meio às articulações para as eleições de 2026, União Brasil e Progressistas avançaram nas tratativas para a formação de uma federação partidária. A aliança entre dois dos principais partidos do país será oficializada na próxima terça-feira (29) em Brasília e já começa a gerar efeitos práticos nas disputas estaduais — especialmente no Paraná, onde dois nomes de peso já haviam lançado pré-candidatura ao governo: o senador Sergio Moro (União Brasil) e a ex-governadora Cida Borghetti (Progressistas). Com a federação, as legendas passam a atuar como uma só agremiação, obrigando os pré-candidatos a buscar um consenso interno. Diferentemente de coligações eleitorais, a federação tem duração mínima de quatro anos e exige alinhamento em todas as esferas, inclusive na composição de chapas majoritárias. Sergio Moro, que atualmente cumpre mandato no Senado, anunciou no início do ano sua disposição em disputar o governo estadual, apostando no recall de sua atuação como ex-juiz da Lava Jato e na visibilidade nacional conquistada nos últimos anos. Já Cida Borghetti, que chefiou o executivo do Paraná em 2018 após o então governador Beto Richa (PSDB) renunciar para disputar o Senado Federal, vinha estruturando sua pré-campanha com base na sua experiência administrativa e no apoio de lideranças locais do Progressistas. Agora, ambos precisam negociar. A definição pode ocorrer por meio de acordos internos, pesquisas de intenção de voto ou até mesmo uma prévia entre os filiados — mecanismos previstos para situações em que não se chega a um consenso natural. Leia mais: Governadores sinalizam possível aliança em evento do agronegócio em Uberaba Dirigentes dos dois partidos adotam discurso cauteloso. De um lado, há o reconhecimento do peso eleitoral de Moro; de outro, a valorização da experiência de Cida e do espaço que ela conquistou no interior do estado. A expectativa é que o processo de escolha leve em conta a viabilidade eleitoral e a capacidade de aglutinar apoios de outros partidos e setores da sociedade paranaense. No Paraná, além do senador Moro, a federação deve contar com 10 deputados federais, 14 deputados estaduais, 91 prefeitos, 95 vice-prefeitos e 943 vereadores. Além disso, com a soma dos tempos do Progressistas e do União Brasil, a federação deverá ter cerca de 2 minutos de televisão nas eleições de 2026. A presidente do Progressistas no Paraná, deputada estadual Maria Victória, celebrou o acordo entre as duas agremiações e ressaltou qual será foco da atuação da federação. “No Paraná, formaremos uma força política em favor do crescimento do Estado”, comemorou. O senador Sergio Moro foi procurado pela reportagem para comentar a nova federação da qual fará parte, mas não retornou nosso contato até o momento. O espaço segue aberto para manifestação do parlamentar e pré-candidato ao Palácio Iguaçu. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!

STF forma maioria para condenar Débora, que pichou estátua

Primeira Turma condena ré por vandalismo e outros crimes durante atos de 8 de janeiro A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (25), pela condenação por pichação de Débora Rodrigues dos Santos. Ela escreveu a frase “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, localizada em frente ao prédio do STF, durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Além do vandalismo, Débora responde por mais quatro crimes. As acusações incluem tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. A maioria dos votos foi formada com o posicionamento do ministro Luiz Fux. Ele votou pela condenação, mas sugeriu pena mais branda: 1 ano e 6 meses de prisão. Já o relator, Alexandre de Moraes, propôs pena de 14 anos em regime fechado. O ministro Cristiano Zanin também defendeu a condenação, sugerindo 11 anos de prisão. Veja como está o placar até o momento: Alexandre de Moraes: 14 anos de prisão Flávio Dino: 14 anos de prisão Luiz Fux: 1 ano e 6 meses de prisão Cristiano Zanin: 11 anos de prisão Crimes atribuídos à ré Débora responde por cinco crimes, segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR): Abolição violenta do Estado Democrático de Direito – Pena: 4 a 8 anos Golpe de Estado – Pena: 4 a 12 anos Associação criminosa – Pena: 1 a 3 anos Dano qualificado – Pena: 6 meses a 3 anos Deterioração de patrimônio tombado – Pena: 1 a 3 anos Julgamento começou em março O julgamento teve início em março. Na época, o relator Alexandre de Moraes defendeu pena de 14 anos, pagamento de 100 dias-multa (valor ainda a ser calculado) e indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. A quantia será dividida entre os demais condenados pelos atos de 8 de janeiro. PGR apresentou provas contundentes A PGR garantiu que as provas confirmam a participação de Débora nos atos. Laudos periciais e vídeos mostram a mulher pichando a estátua com batom vermelho. A própria acusada confessou o ato em interrogatório. Leia mais: Bolsonaro tem piora clínica e segue na UTI em Brasília “É possível ver nitidamente a denunciada em cima da estátua ‘A Justiça’, escrevendo a frase ‘perdeu, mané’ com batom vermelho”, descreveu o Ministério Público. Segundo a PGR, Débora afirmou que foi a Brasília para se manifestar pacificamente. No entanto, acabou participando da depredação após ser “inflada pelos demais”. Defesa alega ausência de provas A defesa da ré alegou cerceamento de defesa por falta de acesso a provas. Também destacou que não há indícios de que ela agiu com intenção criminosa. Os advogados afirmam que o uso de batom para escrever na estátua não configura violência ou ameaça, e pedem sua absolvição. Voto do relator defende pena máxima Em seu voto, Alexandre de Moraes afirmou que a defesa teve pleno acesso ao processo. Para ele, as provas confirmam a intenção de Débora de participar de um golpe de Estado. “Está comprovado que ela buscava abolir o Estado Democrático de Direito com o uso da violência e da ocupação dos prédios públicos”, escreveu Moraes. Detalhamento das penas sugeridas pelo relator: Abolição violenta do Estado Democrático: 4 anos e 6 meses Golpe de Estado: 5 anos Dano qualificado: 1 ano e 6 meses Deterioração de patrimônio tombado: 1 ano e 6 meses Associação criminosa: 1 ano e 6 meses Total: 14 anos de prisão. Julgamento no plenário virtual O caso está sendo julgado no plenário virtual do STF. Nesse formato, os ministros apresentam seus votos em ambiente eletrônico. O julgamento pode ser interrompido por pedido de vista ou destaque, levando o caso ao plenário físico. A decisão final será tomada pela maioria da Primeira Turma, composta por cinco ministros. Ainda cabem recursos no próprio STF, seja para revisão da pena ou pedido de absolvição. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!

Lula dá posse a Frederico Siqueira Filho como novo ministro das Comunicações

Engenheiro assume vaga deixada por Juscelino Filho após indicação do União Brasil Frederico Siqueira Filho assume ministério das Comunicações nesta quinta-feira (24), após ser oficialmente nomeado e empossado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A indicação partiu do União Brasil e foi confirmada em nota divulgada pelo Palácio do Planalto. O nome de Frederico foi apresentado a Lula na quarta-feira (23), durante uma reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o ex-ministro Juscelino Filho e o líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes. Perfil técnico e experiência no setor público Engenheiro de formação, Frederico comandava a Telebras desde 2023, empresa estatal ligada ao próprio Ministério das Comunicações. Com perfil técnico e experiência em gestão pública, ele foi escolhido após Pedro Lucas recusar o convite para chefiar a pasta. Leia mais: Desaprovação do governo Lula atinge 57,4%, diz Paraná Pesquisas A nomeação de Frederico busca manter a aliança com o União Brasil, mas também garantir estabilidade após a saída de Juscelino Filho. O ex-ministro deixou o cargo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de desvio de emendas parlamentares. Nova etapa para a pasta Frederico Siqueira Filho assume ministério em um momento de transição. A nomeação é vista como um esforço do governo Lula para equilibrar a composição política com nomes técnicos nos ministérios. A expectativa é que ele dê continuidade aos programas da área e recupere a credibilidade da pasta após os escândalos envolvendo seu antecessor. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!

Bolsonaro tem piora clínica e segue na UTI em Brasília

Ex-presidente está com quadro instável e sem previsão de alta após cirurgia no intestino Bolsonaro segue na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, após passar por uma cirurgia para tratar uma obstrução intestinal no último domingo (13/4). Segundo o boletim médico divulgado nesta quinta-feira (24/4), o ex-presidente apresentou piora clínica nas últimas horas, com aumento da pressão arterial e piora nos exames hepáticos. Além disso, ele continua sem previsão de alta e permanece em jejum absoluto, alimentado apenas por via intravenosa com nutrição parenteral exclusiva. A equipe médica também anunciou que Bolsonaro será submetido a novos exames de imagem ainda hoje, para avaliação do quadro geral. O hospital informou que ele segue em tratamento intensivo, com fisioterapia motora diária e medidas preventivas contra trombose venosa. A recomendação é manter a proibição de visitas. Ainda não há estimativa de quando ele poderá deixar a UTI. Equipe médica detalha estado de saúde O boletim foi assinado por seis médicos, entre eles o cirurgião Cláudio Birolini e os cardiologistas Leandro Echenique e Brasil Caiado. Também assinaram o diretor médico Guilherme Meyer e o diretor-geral da unidade, Allisson Barcelos Borges. Todos acompanharam de perto o procedimento cirúrgico, que durou aproximadamente 12 horas. Leia mais: Citação de Bolsonaro em UTI vai contra a lei, diz advogado A cirurgia teve como foco a retirada de bridas intestinais — aderências formadas geralmente após operações abdominais — e a reconstrução de parte da parede abdominal. Essa complicação é considerada comum em pacientes que passaram por múltiplas cirurgias, como é o caso de Bolsonaro. Intimação judicial dentro da UTI A piora do estado de saúde ocorreu um dia depois de uma visita inusitada na UTI. Na quarta-feira (23/4), o ex-presidente recebeu uma oficial de Justiça do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe entregou uma intimação determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. A ordem judicial está relacionada à ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado envolvendo os atos de 8 de janeiro. Bolsonaro agora é réu no processo, apontado como um dos líderes da suposta organização golpista. A defesa do ex-presidente criticou o ato, alegando que a citação durante a internação desrespeita o Código de Processo Penal, que impede notificações a pacientes em estado grave. Ainda assim, a equipe jurídica informou que responderá dentro do prazo legal. Histórico de complicações intestinais Bolsonaro segue na UTI devido a complicações ligadas a um problema recorrente. A obstrução intestinal é caracterizada pela interrupção do fluxo de alimentos no trato digestivo. Os principais sintomas são dor abdominal, inchaço, prisão de ventre, náuseas e vômitos. No caso de Bolsonaro, a obstrução está diretamente relacionada às cirurgias realizadas após o atentado de 2018. Desde então, o ex-presidente passou por vários procedimentos médicos para corrigir danos no sistema digestivo. Apesar de momentos de estabilidade, seu quadro é considerado delicado. A formação de bridas e inflamações exige acompanhamento constante, o que justifica a permanência na UTI por tempo indeterminado. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!

Citação de Bolsonaro em UTI vai contra a lei, diz advogado

Advogado contesta ação do STF e diz que ex-presidente não poderia ser citado enquanto estava internado A citação de Bolsonaro na UTI gerou críticas da defesa do ex-presidente nesta quarta-feira (23). O advogado Paulo Cunha Bueno questionou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele afirmou que Bolsonaro foi surpreendido com a presença de uma oficial de Justiça no hospital DF Star, onde está internado. Segundo Bueno, o Código de Processo Penal proíbe esse tipo de ação em caso de doença grave. “A citação é ilegal”, disse o defensor. Réu em caso de golpe A intimação ocorreu após Bolsonaro se tornar réu por suposta tentativa de golpe de Estado. A PGR o aponta como líder do núcleo principal da organização investigada. A citação de Bolsonaro na UTI ocorreu poucas horas após uma transmissão ao vivo do ex-presidente. Vídeo mostra reação Bolsonaro divulgou um vídeo de 11 minutos nas redes sociais. Nele, aparece na UTI, assinando a intimação do STF. Leia mais: PF investiga sindicato de irmão de Lula por fraude no INSS Durante a gravação, ele questiona a oficial de Justiça. “A senhora tem ciência que está numa UTI?”, perguntou. O ex-presidente também relembrou o atentado que sofreu em 2018. “Levei uma facada. Tenho sequelas até hoje. Quase morri agora de novo.” Defesa promete resposta Mesmo com a crítica, a defesa garantiu que responderá à intimação dentro do prazo de cinco dias. Bueno afirmou que ações como essa prejudicam a credibilidade do processo. “Essa excepcionalidade será sempre questionada quanto à legalidade”, concluiu. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!

Pedro Lucas recusa ministério, mas mantém diálogo com Lula

Deputado do União Brasil diz que sigla seguirá em conversa com o governo após recusar convite de Lula O deputado Pedro Lucas (União-MA) recusou o convite de Lula para chefiar o Ministério das Comunicações. Mesmo assim, reforçou que o partido continuará em diálogo com o governo. Pedro Lucas mantém diálogo com Lula, apesar da recusa. A conversa ocorreu na noite desta quarta-feira (23), durante jantar com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e líderes da base aliada. Clima cordial e apoio mantido Durante o encontro, o deputado afirmou que o União Brasil apoiará o governo na Câmara. A bancada da sigla tem 59 deputados. Leia mais: Barroso canta com Léo Chaves em festa de Marcos Pereira Segundo relatos, o clima foi leve. Não houve constrangimento entre Lula e Pedro Lucas. Ao contrário, a reunião foi descrita como bem-humorada. Alinhamento com a base Todos os líderes discursaram. Quando chegou a vez do União Brasil, o tom foi semelhante ao das demais legendas: alinhamento e apoio. Nenhuma crítica ao presidente foi registrada. Pedro Lucas mantém diálogo com Lula, sinalizando que, mesmo fora do ministério, a ponte com o Planalto está de pé. Jantar descontraído No cardápio, macarrão, risoto e salada. Na sobremesa, doce de amora e abacaxi. O jantar também teve espaço para piadas e descontração. Ao fim, os participantes posaram juntos para uma foto. A ministra-chefe de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, publicou o registro. Pedro Lucas também compartilhou a imagem com a legenda: “Seguiremos dialogando e trabalhando pelo futuro do Brasil.” Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!