Paraná tem a maior equidade salarial no serviço público

O Paraná se destaca como o estado brasileiro com a menor diferença salarial entre homens e mulheres no serviço público estadual, conforme o Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). O estado lidera o indicador de Equidade de Gênero na Remuneração Pública Estadual, que faz parte do eixo de Eficiência da Máquina Pública. Entre 2023 e 2024, o Paraná avançou 22 posições nesse critério, superando outros estados como Roraima, Acre, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, que completam o top 5 do ranking. Em comparação com outros grandes centros administrativos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, o Paraná também se mantém à frente em termos de equidade salarial. Enquanto em alguns estados a diferença pode chegar a 50%, como no Rio Grande do Norte, o Paraná se destaca pelo equilíbrio na remuneração. Perfil dos servidores e remuneração média O Paraná conta atualmente com 122.329 servidores públicos ativos, dos quais 69.925 são mulheres, representando 57% do total. A média salarial feminina no estado é de R$ 8.704,51, considerando servidoras de carreira, cargos comissionados, contratadas em regime especial e empregadas públicas. Para a secretária da Administração e da Previdência, Marta Cristina Guizelini, os números refletem o compromisso do estado com a valorização profissional e a equidade de gênero no setor público. “O Paraná tem trabalhado para oferecer condições equânimes entre homens e mulheres no serviço público. A presença majoritária de mulheres no funcionalismo é acompanhada de uma visão de paridade salarial, valorizando a competência e o mérito profissional”, afirmou a secretária. Paraná avança no ranking geral de desigualdade de renda Além do desempenho na equidade salarial no setor público, o Paraná também registrou avanços no ranking geral de desigualdade de renda, que considera toda a população, e não apenas servidores públicos. O estado agora ocupa a 4ª colocação nacional, subindo três posições em relação ao levantamento anterior. O índice utilizado para essa avaliação é o Índice de Gini, que mede a distribuição do rendimento médio mensal real das pessoas ocupadas com 14 anos ou mais. O Ranking de Competitividade dos Estados analisa 99 indicadores em 10 eixos estratégicos, como infraestrutura, inovação, capital humano, segurança pública, educação e eficiência da máquina pública. No último levantamento, o Paraná foi classificado como o terceiro estado mais competitivo do Brasil. Rendimento médio das mulheres também cresce Outro estudo, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o rendimento médio real das mulheres paranaenses aumentou nos últimos anos. No 4º trimestre de 2024, a média salarial feminina foi de R$ 3.141, próxima ao maior valor já registrado na série histórica, no 1º trimestre de 2024, que foi de R$ 3.253. Dos 10 trimestres com os melhores rendimentos médios para mulheres, sete ocorreram nos últimos seis anos, demonstrando uma evolução contínua. Alguns dos principais períodos foram: 📌 1º trimestre de 2019 – R$ 3.115📌 1º trimestre de 2020 – R$ 3.086📌 1º trimestre de 2023 – R$ 3.036📌 2º trimestre de 2024 – R$ 2.926📌 3º trimestre de 2024 – R$ 3.023 Com esse cenário positivo, o Paraná reforça sua posição como referência em equidade de gênero e valorização profissional no setor público e privado.

Paraná bate recorde com 6,1 milhões de pessoas ocupadas

O mercado de trabalho do Paraná segue em expansão, e a trajetória de Felipe Stoski, 27 anos, é um exemplo dessa tendência. Em menos de dez dias, ele saiu da Agência do Trabalhador de Curitiba direto para um novo emprego como assistente administrativo no setor financeiro de uma agência de comunicação, mesmo sem experiência na área. “Foi tudo muito rápido. Um pouco mais de uma semana. Agora é aprender tudo que puder na prática, o mais rápido possível”, disse Felipe. A experiência dele reflete os números divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), que apontam que o Paraná alcançou o maior número de trabalhadores ocupados de sua história. O Estado chegou à marca de 6,13 milhões de pessoas empregadas, o maior índice registrado desde o início do levantamento, em 2012. Crescimento impulsionado por novos investimentos O recorde foi alcançado após um aumento de 91 mil trabalhadores ocupados em relação ao terceiro trimestre de 2024, quando o Estado contava com 6,04 milhões de empregados. O crescimento de 1,5% no período reflete a confiança da iniciativa privada, que tem impulsionado novas contratações. De acordo com o IBGE, o Paraná encerrou 2024 com um recorde de 3,43 milhões de trabalhadores na iniciativa privada, consolidando-se como o quinto estado com maior número de pessoas empregadas, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. O Paraná também se destaca na proporção de trabalhadores da iniciativa privada, ocupando o terceiro lugar nacional com 55,9% dos empregados nesse setor – atrás apenas de Santa Catarina (57,8%) e São Paulo (57,3%). A média nacional é de 51,5%. No que diz respeito a empregos com carteira assinada, o Estado registra 2,73 milhões de trabalhadores formais no setor privado, representando 79,6% do total de ocupados – o quarto maior índice do Brasil, atrás de Santa Catarina (87,9%), São Paulo (81,2%) e Rio Grande do Sul (79,9%). Expansão do emprego nos últimos cinco anos O Paraná tem apresentado uma evolução expressiva no mercado de trabalho. Em cinco anos, o número de pessoas ocupadas subiu de 5,54 milhões em 2019 para 6,13 milhões em 2024, um avanço de 10,6%, o que equivale a 588 mil novos postos de trabalho. O setor privado foi o grande motor desse crescimento. Entre 2019 e 2024, o número de empregados em empresas privadas aumentou de 2,82 milhões para 3,43 milhões, um salto de 21,6%. A migração para o Estado tem sido uma alternativa para trabalhadores em busca de melhores oportunidades. A auxiliar financeira Hileia Queiroz deixou Manaus (AM) e se mudou para Curitiba em busca de um emprego mais alinhado à sua qualificação. “Lá estava escasso de emprego. Eu queria uma vaga que se adequasse melhor à minha qualificação. Cheguei aqui em busca de uma colocação com um salário melhor”, afirmou. Após um período de trabalho temporário, Hileia conseguiu um cargo no departamento financeiro de um mercado. Outra trajetória semelhante é a de Luan da Cunha, que trocou Paranaguá pelo mercado de trabalho da capital. Em menos de dois meses, ele se recolocou como mecânico de ar-condicionado em uma empresa de assistência técnica. “Senti que o clima para conseguir emprego tem melhorado. Os salários estão melhores. O fato de eu ter experiência também ajudou na recolocação rápida”, disse. Paraná registra menor índice de desemprego da história O levantamento do IBGE também revelou que o Paraná atingiu seu menor patamar histórico de desocupação, com apenas 206 mil pessoas sem emprego. O número superou o recorde anterior, registrado em 2014, quando 215 mil trabalhadores estavam desocupados. Atualmente, a taxa de desemprego no Estado é de 3,3%, representando uma queda de 0,7% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Esse foi o maior recuo trimestral do Brasil, ao lado de Minas Gerais. Comparando com outros estados, o Paraná possui a quarta menor taxa de desemprego do país, ficando atrás apenas de Mato Grosso (2,5%), Santa Catarina (2,7%) e Rondônia (2,8%). Além disso, o índice paranaense está bem abaixo da média nacional de 6,2%, superando estados como São Paulo (5,9%), Rio Grande do Sul (4,5%) e Rio de Janeiro (8,2%). Fonte original: AEN Paraná 

PL quer Eduardo Bolsonaro na Comissão de Relações Exteriores

O PL, partido de Jair Bolsonaro, comunicou ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que não abrirá mão do comando da Comissão de Relações Exteriores. Segundo o líder da legenda, Sóstenes Cavalcante (RJ), o partido manterá sua posição e insistirá no acordo firmado antes da eleição legislativa. A justificativa apresentada pelo PL é que o apoio de Jair Bolsonaro a Hugo Motta incluiu a indicação de Eduardo Bolsonaro para a comissão permanente. O deputado pretende utilizar sua posição para intensificar a oposição ao governo petista, especialmente diante do retorno de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos. No entanto, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o partido do presidente Lula não aceitará essa indicação e que discutirá o tema diretamente com Motta. Além disso, parlamentares da base governista pedem que o passaporte de Eduardo Bolsonaro seja apreendido, sob a alegação de que ele teria cometido crime contra a soberania nacional ao criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) durante uma visita aos Estados Unidos. O pedido foi encaminhado à Suprema Corte e está sendo analisado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que ainda não estabeleceu um prazo para sua manifestação. Outro impasse envolve a definição das comissões permanentes, prioridade de Hugo Motta para esta semana. A disputa pela presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais relevante da Câmara, segue acirrada entre os partidos do centrão. A tendência é que o comando da CCJ fique nas mãos do PP, União Brasil ou MDB.