Curitiba recebe lançamento de novo programa do Ministério da Saúde para reduzir fila por especialistas no SUS

Evento ocorre simultaneamente em Brasília e na capital paranaense O Ministério da Saúde lança nesta sexta-feira (30) um novo programa nacional voltado à ampliação do acesso da população a médicos especialistas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa será apresentada oficialmente em uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O lançamento será simultâneo em diversas cidades do país, incluindo Curitiba, onde o evento será realizado às 11h no Hospital Erasto Gaertner. O objetivo do novo programa é reduzir o tempo de espera por consultas, exames e tratamentos com especialistas, uma das principais reclamações de quem depende do SUS. De acordo com o Ministério da Saúde, a proposta é reorganizar a forma como o atendimento especializado é ofertado, promovendo mais integração entre os serviços e melhorando a capacidade de resposta do sistema às demandas da população. Na capital paranaense, o lançamento contará com a presença de nomes importantes do governo federal, como a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, e a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão. O local escolhido, o Hospital Erasto Gaertner, é referência nacional no tratamento de câncer e será um dos primeiros beneficiados pela iniciativa. Leia mais: Com Lula no Paraná, veja deputados que participaram da formalização de assentamento Como marco simbólico da largada do programa, Curitiba receberá um acelerador linear, equipamento de alta tecnologia usado no tratamento de radioterapia. O aparelho será incorporado à estrutura do hospital e deve reforçar a capacidade de atendimento oncológico na rede pública da cidade, contribuindo diretamente para reduzir filas e oferecer mais qualidade no cuidado aos pacientes com câncer. A entrega do equipamento em Curitiba é a primeira de uma série de ações previstas pelo Ministério da Saúde, que promete investir em equipamentos, infraestrutura, pessoal e organização da rede para melhorar a cobertura e a eficiência da atenção especializada em todo o Brasil. A meta é reduzir os gargalos e fazer com que os pacientes não fiquem meses ou até anos esperando por uma consulta com cardiologista, neurologista, oncologista, entre outras especialidades. A cerimônia no Palácio do Planalto deve reunir também representantes de estados e municípios, além de parlamentares e técnicos da área da saúde. Já os eventos simultâneos pelo país marcam o início da implementação regional do programa, com foco nos gargalos identificados em cada território. O lançamento em Curitiba será aberto à imprensa, e o Ministério da Saúde destaca a importância da participação de gestores locais e profissionais da área para garantir que as mudanças cheguem de fato à ponta e melhorem a vida de quem mais precisa. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
TRE-PR declara família Boca Aberta inelegível por oito anos após denúncia de candidatura fictícia

Pai, mãe e filho estão fora da disputa político-eleitoral até 2030, de acordo com a decisão O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiu, nesta quarta-feira (28), tornar inelegíveis por oito anos três integrantes da família Boca Aberta: o ex-deputado federal Emerson Petriv, a ex-deputada federal Mara Cristina Ribeiro e o ex-deputado estadual Matheus Vinícius Ribeiro Petriv, conhecido como Boca Aberta Júnior. A decisão é um duro golpe político para o clã, que vinha tentando se manter em evidência após mandatos legislativos consecutivos. O caso foi analisado em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida por João Bettega (União Brasil), vereador de Curitiba e candidato derrotado a deputado estadual em 2022. Na ação, Bettega acusou a família de abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e gastos ilícitos durante a última eleição. Leia mais: Assembleia do Paraná cria Código de Ética com regras mais duras e punições mais rígidas a deputados De acordo com o processo, a família teria utilizado recursos públicos, oriundos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), para promover uma candidatura “fictícia” de Boca Aberta ao Senado. Embora o ex-deputado federal não tenha formalizado a candidatura, sua imagem foi usada em larga escala na campanha de sua esposa, Mara Cristina, que disputava uma cadeira na Câmara. A estratégia, segundo a Justiça Eleitoral, configurou uma tentativa de burlar as regras do jogo eleitoral. No voto que definiu o julgamento, o relator Luiz Osório Moraes Panza destacou que houve desvio claro de finalidade no uso de verba pública. Segundo ele, dos R$ 1,2 milhão recebidos por Mara Ribeiro, pelo menos R$ 322 mil foram gastos com materiais impressos e malas diretas que divulgavam exclusivamente a imagem de Boca Aberta como candidato ao Senado, mesmo sem ele estar oficialmente na disputa. A decisão do TRE-PR ainda é passível de recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas, por enquanto, a família Boca Aberta está fora do jogo eleitoral até pelo menos 2030. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Ratinho Junior e Roberto Requião largam na frente pela vaga ao Senado no Paraná, mostra pesquisa

Atual governador tem ampla vantagem, já segunda fica ficaria com ex-senador e político histórico do Estado Os nomes de Roberto Requião e Ratinho Junior despontam como favoritos para o Senado em 2026 no Paraná, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (27) pelo instituto Paraná Pesquisas. A pesquisa simulou dois cenários: um com e outro sem a presença do atual governador e, em ambos, o ex-senador aparece entre os mais cotados. A consulta foi feita com 1.550 eleitores entre os dias 17 e 21 de maio, com margem de erro de 2,5 pontos percentuais. Cenário 1: sem Ratinho na disputa Na primeira simulação, que exclui o nome de Ratinho Junior, quem lidera a corrida é Requião, com 33,2% das intenções de voto. Logo atrás aparece o ex-governador Beto Richa (PSDB), com 32,1%. Cristina Graeml (Podemos), Filipe Barros (PL), Pedro Lupion (PP) e Zeca Dirceu (PT) vêm em seguida, todos abaixo da casa dos 25%. Nesse cenário, chama atenção o desempenho de Graeml, jornalista que disputou a Prefeitura de Curitiba e que surge com 23,7% — índice que a coloca à frente de nomes mais experientes do campo conservador. Filipe Barros, que é o nome de Jair Bolsonaro (PL) no Paraná aparece com 22,8%. Leia mais; Sergio Moro lidera com folga corrida ao governo do Paraná em 2026, mostra pesquisa Zeca Dirceu, líder do PT na Câmara, tem o mesmo percentual de Lupion: 11,7%. Com Ratinho no jogo, disputa se acirra pela segunda vaga Já no cenário em que Ratinho Junior entra na disputa por uma das duas vagas do Paraná ao Senado, o governador dispara: 62,3% dos eleitores dizem que votariam nele. O salto é tão grande que nem mesmo Requião sustenta a liderança. O ex-governador, que tem se movimentado para retornar à vida partidária, aparece em segundo, com 26,8%. Beto Richa mantém uma base considerável, com 25,2%, e Filipe Barros segue competitivo, com 19,8%. Gleisi Hoffmann (PT) aparece nesse cenário com 16,3%. Ratinho Junior ainda não confirmou se disputará o Senado, mas o favoritismo dele no levantamento reforça especulações de que essa é uma possibilidade real. Reeleito em 2022 com ampla margem, o governador tem dito que é um player ao Palácio do Planalto, mas aliados próximos não descartam uma mudança de planos, especialmente se o cenário presidencial de 2026 favorecer uma composição mais ampla da direita nacional. veja os números: Cenário 1 Roberto Requião (sem partido) – 33,2% Beto Richa (PSDB) – 32,1% Cristina Graeml (sem partido) – 23,7% Filipe Barros (PL) – 22,8% Pedro Lupion (PP) – 11,7% Zeca Dirceu (PT) – 11,7% Brancos/Nulos/Nenhum – 12,7% Não sabem/Não responderam – 6,8% Cenário 2 Ratinho Junior (PSD) – 62,3% Roberto Requião (sem partido) – 26,8% Beto Richa (PSDB) – 25,2% Filipe Barros (PL) – 19,8% Gleisi Hoffmann (PT) – 16,3% Pedro Lupion (PP) – 8,9% Brancos/Nulos/Nenhum – 7% Não sabem/Não responderam – 5,4% Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Paraná reduz desmatamento ilegal da Mata Atlântica em 64,9% e lidera ações de fiscalização

Estado teve o terceiro melhor desempenho do país e reforça monitoramento com tecnologia e autuações O desmatamento ilegal no Paraná caiu 64,9% em 2024, segundo o novo Relatório Anual do Desmatamento (RAD), divulgado pelo MapBiomas nesta quinta-feira (15). A área devastada da Mata Atlântica passou de 1.230 hectares em 2023 para 432 hectares neste ano. Em quatro anos, a redução acumulada chegou a 95%. O Paraná teve o terceiro melhor desempenho proporcional do Brasil, ficando atrás apenas do Distrito Federal (-95,1%) e de Goiás (-71,9%). O resultado supera o dobro da média nacional, que registrou uma queda de 32,4% no mesmo período. Estados com alta no desmate Enquanto o Paraná reduzia o desmatamento, outros estados seguiram na direção oposta. O Rio de Janeiro teve um aumento de 94,2%, seguido pelo Rio Grande do Sul (70,6%), fortemente afetado por desastres climáticos, e o Acre (31,3%). Apesar do bom desempenho, o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, reforçou que o trabalho continua. “Precisamos avançar até zerar o desmatamento ilegal no Paraná. A Mata Atlântica precisa ser preservada, expandida e valorizada”, afirmou. Liderança em fiscalização Entre 2019 e 2024, o estado se destacou também pela atuação firme na fiscalização ambiental. O Instituto Água e Terra (IAT) atendeu 82,2% das ocorrências reportadas e emitiu autos de infração em 77% dos casos. Everton Souza, diretor-presidente do IAT, atribui os resultados à mobilização intensa do governo. “Reduzir o desmatamento ilegal no Paraná é uma obsessão. A atuação em campo, os alertas por satélite e as autuações têm dado resultado.” Leia mais: Conafer é a entidade que mais ampliou descontos do INSS mas não está na lista da AGU O número de infrações ambientais ligadas à flora nativa saltou 65% entre 2021 e 2024, passando de 3.183 para 5.252. O valor das multas cresceu 70%, atingindo R$ 134 milhões no ano passado. Toda arrecadação é destinada ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. Tecnologia como aliada O combate ao desmatamento no Paraná ganhou força com o uso de tecnologia. Imagens de satélite das plataformas MapBiomas, Planet, Sentinel-2, Google Earth Pro e da ESRI permitem identificar supressões a partir de 0,2 hectare, mesmo em áreas remotas. O Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI), criado em 2019, analisa os danos ambientais e envia relatórios para as equipes de fiscalização. A engenheira florestal Aline Canetti explicou que as diferenças entre os números do MapBiomas (432 ha) e da Fundação SOS Mata Atlântica (226 ha) estão na metodologia. “O MapBiomas detecta áreas menores e, por isso, registra mais ocorrências.” Novos sistemas em implantação Com o programa i9 Ambiental, o estado está modernizando todo o processo de fiscalização. Um dos destaques é o sistema Fica, que será concluído em 2025. Ele integrará autuações, licenciamento ambiental e monitoramento em tempo real, com apoio de geotecnologias. Um dos recursos já em fase de implantação é o aplicativo Auto de Infração Ambiental Eletrônico (AIA-e), que permite registrar infrações ambientais diretamente no local, com uso de georreferenciamento. Ajude a combater crimes ambientais A população também pode ajudar a proteger a fauna e flora. Denúncias podem ser feitas pelo Disque 181, da Polícia Militar Ambiental, ou diretamente na Ouvidoria do IAT. Informações detalhadas e precisas aumentam a eficácia das investigações. Biomas e tendências no Brasil O estudo do MapBiomas mostrou que, em 2024, o desmatamento caiu em quase todos os biomas. Houve redução de 58,6% no Pantanal, 42,1% no Pampa, 41,2% no Cerrado, 16,8% na Amazônia e 13,4% na Caatinga. Já na Mata Atlântica, houve leve aumento de 2%, caracterizado como estabilidade. O levantamento também revelou que mais de 93% da vegetação derrubada no Brasil em 2023 apresentou indícios de ilegalidade. Além disso, 97% da destruição estão ligados à expansão agropecuária. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Paraná vai produzir primeiros ônibus biarticulados 100% elétricos do mundo

Fábrica da Volvo em Curitiba lidera produção global de ônibus elétricos de alta capacidade O Paraná vai produzir os primeiros ônibus articulados e biarticulados 100% elétricos do mundo. A Volvo celebrou, nesta quinta-feira (8), em Curitiba, a fabricação do primeiro chassi do modelo elétrico biarticulado. A unidade da capital paranaense é, atualmente, a única com capacidade para fabricar o veículo em escala global. O governador Ratinho Junior participou do evento na fábrica da Volvo, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O novo modelo, chamado BZRT, tem emissão zero de CO₂ e quase nenhum ruído. Será produzido exclusivamente no Brasil, nas versões articulada e biarticulada. Desenvolvido com tecnologia nacional, o projeto faz parte de um investimento de R$ 1,5 bilhão da Volvo no Brasil, entre 2023 e 2025, com apoio do programa Paraná Competitivo. “Estamos oferecendo ao mundo uma solução de transporte sustentável, feita no Paraná”, destacou Ratinho Junior. Leia mais: Lula diz que “Graças a Deus temos a China” para revista americana Segundo o governador, o estado se consolida como referência ambiental. “O Paraná é, há quatro anos, o estado mais sustentável do Brasil. Agora, também inova no transporte público com um ônibus silencioso, confortável e livre de combustíveis fósseis.” Alta capacidade, zero emissões O BZRT mede 28 metros e transporta até 250 passageiros. Tem a mesma eficiência de um metrô, mas com custo de implantação muito menor. Além disso, não emite poluentes. “O início da produção no Brasil é um marco no nosso compromisso com a descarbonização dos transportes”, afirmou André Marques, presidente da Volvo Buses América Latina. A montadora pretende zerar as emissões de seus veículos até 2040. O executivo também destacou a tradição de Curitiba no transporte coletivo. “Usamos a experiência do BRT, que nasceu aqui, para criar um modelo 100% elétrico, sem ruído e com mais qualidade de vida para os usuários e moradores.” Curitiba aposta na descarbonização O prefeito Eduardo Pimentel afirmou que a nova concessão do transporte público da capital vai priorizar veículos sustentáveis. “Curitiba foi pioneira no BRT e agora avança com ônibus elétricos, híbridos e movidos a biocombustível”, disse. Tecnologia e segurança de ponta O BZRT possui dois motores de 200 kW (total de 400 kW ou 540 cavalos) e até oito baterias, com capacidade de 720 kWh. Sua autonomia varia de 250 a 300 km, com recarga entre 2 e 4 horas. Os motores ficam sob o piso, o que melhora o equilíbrio. As baterias também estão na base, liberando mais espaço interno para os passageiros. Além disso, o modelo mantém a estrutura robusta dos biarticulados tradicionais, com direção precisa, suspensão reforçada e alta confiabilidade. Em segurança, o BZRT inclui sensores e câmeras que detectam riscos não visíveis ao motorista. Há ainda alertas de limite de velocidade e o sistema Volvo Dynamic Steering (VDS), que melhora a direção e reduz o esforço dos condutores. Outra inovação é o recurso de Zonas de Segurança. Com ele, o ônibus reduz a velocidade automaticamente em áreas sensíveis, como escolas e hospitais, graças ao monitoramento por GPS. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Paraná bate recorde histórico de apreensão de drogas no 1º trimestre de 2025

Volume de entorpecentes confiscados cresceu 155% em relação a 2024, com destaque para maconha e drogas sintéticas As apreensões de drogas no Paraná alcançaram um marco histórico entre janeiro e março de 2025. O volume total apreendido cresceu 155% em relação ao mesmo período de 2024. Foi o maior já registrado para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 2014. No início de 2024, as forças estaduais haviam confiscado 53,2 toneladas de entorpecentes. Em 2025, esse número saltou para 135,7 toneladas. Regiões com mais apreensões Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), a maconha foi a droga mais apreendida. A maioria dos casos ocorreu na região Oeste, por conta da proximidade com o Paraguai. Já as maiores apreensões de cocaína se concentraram em Curitiba e na Região Metropolitana. Integração entre as polícias O secretário estadual Hudson Teixeira destacou que o bom resultado se deve à união das forças de segurança. “O Paraná tem feito sua parte, com operações integradas entre Polícia Militar, Polícia Civil e Guardas Municipais”, afirmou. Segundo ele, cerca de 1,5 tonelada de droga foi retirada de circulação por dia. Redução da violência Os números refletem também em menos violência. O Estado registrou o menor número de homicídios da série histórica no período. Em 45% dos municípios, não houve nenhum caso de roubo no trimestre. Maconha: 133,5 toneladas apreendidas As apreensões de drogas foram impulsionadas, sobretudo, pelo aumento na maconha confiscada. Foram 133,5 toneladas nos três primeiros meses do ano. Isso representa um crescimento de 159% em relação a 2024 e de 119% sobre a marca anterior, registrada em 2021. Leia mais: AGU pede bloqueio de R$ 2,56 bilhões de entidades ligadas a fraudes no INSS Santa Helena liderou com 12,6 toneladas. O município é rota frequente do tráfico por estar separado do Paraguai apenas pelo Lago de Itaipu. Em seguida vieram Guaíra (10,6 t) e Toledo (9,8 t), ambas também próximas de rotas internacionais. Outras cidades com alto volume de apreensões foram: Maringá (8,5 t), Cascavel (8,1 t), Guarapuava (7,9 t), Foz do Iguaçu (7 t) e Nova Londrina (5,2 t). Ao todo, 134 municípios paranaenses registraram mais de 1 tonelada de maconha apreendida. Recorde de haxixe O trimestre também teve o maior volume de haxixe já apreendido no Estado. Foram 661 quilos, mais do que todos os primeiros trimestres dos últimos 11 anos somados. Cocaína: destaque na capital A apreensão de cocaína também cresceu. Foram 781 quilos retirados de circulação entre janeiro e março. Curitiba concentrou 210 quilos, ou 27% do total estadual. Outros destaques foram Balsa Nova (107 kg), Araucária (104 kg), Tijucas do Sul (43 kg) e Quatro Barras (32 kg). Os dados apontam para o sucesso da estratégia de inteligência policial na Região Metropolitana. Crack e prejuízo ao crime O crack teve aumento expressivo. Foram mais de 1 tonelada apreendida — 124% acima de 2024 e 81% maior que o recorde anterior, de 2020. O maior volume foi encontrado em Iporã, no Oeste. Em uma única operação, a Polícia Militar apreendeu meia tonelada de crack e três toneladas de maconha. O prejuízo estimado ao crime foi de R$ 17,7 milhões. Ao todo, a droga foi confiscada em 182 municípios paranaenses. Drogas sintéticas em alta O LSD teve aumento de 96% nas apreensões. Foram 2.288 pontos recolhidos, com maior volume em Curitiba (1.067), Londrina (872) e São José dos Pinhais (118). O ecstasy também cresceu. Foram 16,3 mil comprimidos apreendidos — alta de 8% em relação ao mesmo período de 2024. As cidades com mais apreensões foram Curitiba (9.830), Araucária (1.475), Cascavel (683), Paranaguá (647) e Londrina (643). Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Francischini defende candidatura de Moro para o governo e pede união da centro-direita no Paraná

Com o cenário ainda indefinido para a disputa ao governo do Paraná em 2026, Fernando Francischini (Solidariedade) afirmou ao Politiza que vê no senador Sergio Moro (União Brasil) um nome legítimo para a sucessão de Ratinho Junior (PSD) e destacou a importância de uma aliança entre os diferentes grupos da centro-direita. “O senador Sergio Moro tem direito de ser candidato a governador. Nesse momento se colocam várias figuras políticas relevantes como pré-candidatos ao cargo”, declarou. Francischini também mencionou outros nomes cotados, como o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi (PSD), o secretário Guto Silva (PSD) e o vice-governador Darci Piana (PSD), mas disse confiar que o campo da direita saberá se unir para enfrentar uma candidatura da esquerda, possivelmente encabeçada pelo diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri (PT). Leia mais: Flávia Francischini e uma vida em prol da Inclusão, Segurança e Empoderamento na Política Paranaense “Eu quero ter um impacto positivo, ajudar a definir um candidato a governador que possa continuar mudando o nosso Estado. Eu acho que podemos escolher um candidato que possa unir todos esses grupos. Os nomes são muito bons. Esse nome da centro-direita deve enfrentar um candidato da Itaipu, do PT, da esquerda. Torço muito pelos nomes vinculados ao governador Ratinho Junior (PSD) ou o próprio senador Sergio Moro”, concluiu. Apesar de estar inelegível nesse momento, Francischini revelou que pesquisas recentes o colocam bem posicionado tanto para o Senado Federal quanto para o governo. “Imagine, cassado, fora da mídia e ainda lembrado nas pesquisas. Isso mostra que minha atuação marcou. Quero ajudar a definir esse futuro”, concluiu. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Francischini critica inação do governo em conflitos no Oeste do Paraná e diz que faria “reintegração rápida”

Ex-deputado já foi secretário de Segurança Pública do Paraná e secretário Anti-Drogas de Curitiba Fernando Francischini, em entrevista exclusiva ao Politiza, não poupou críticas à atuação da Força Nacional nos conflitos agrários envolvendo indígenas e ruralistas no Oeste do Paraná, especialmente nas regiões de Guaíra e Terra Roxa. Para ele, a situação saiu do controle e já deveria ter sido resolvida com reintegração de posse. “Esses grupos são mais MST do que indígenas. Arrendam terras, vivem de aluguel de propriedade. O que falta é decisão política. Se fosse eu o secretário, essas áreas já estariam todas reintegradas. Comigo não tem problema, reintegra Centro Cívico, MST, o que for”, afirmou. Leia mais: Flávia Francischini e uma vida em prol da Inclusão, Segurança e Empoderamento na Política Paranaense Francischini relembrou sua atuação como secretário de Segurança Pública durante o governo Beto Richa, em 2016, e criticou a omissão atual. “Fica todo mundo com medo. Enquanto isso, indígenas e fazendeiros se matam. Virou uma nova Guerra do Contestado”. O ex-deputado também voltou a defender uma política mais dura contra as invasões. “Lá [no Oeste do Paraná] merecia uma reintegração rápida para acabar com a confusão”, finalizou. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
Francischini deve disputar vaga com o próprio filho em 2026

Pai e filho entarão na disputa por uma cadeira de deputado federal pelo Paraná Em entrevista exclusiva ao Politiza, o ex-deputado federal Fernando Francischini (Solidariedade) confirmou que irá disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026, ano em que também se encerra o período de inelegibilidade imposto pela Justiça Eleitoral. A novidade é que ele não apenas voltará à disputa, como liderará um projeto de reconstrução da centro-direita, pelo Solidariedade, agora em oposição declarada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Francischini atualmente comanda o diretório estadual do Solidariedade e articula a formação de uma federação com o PRD. Ao mesmo tempo, a disputa eleitoral de 2026 colocará o ex-delegado em um cenário inusitado: concorrer diretamente com o próprio filho, o deputado federal Felipe Francischini (União Brasil), além de auxiliar na tentativa de reeleição da esposa, Flávia Francischini (União Brasil), como deputada estadual. Leia mais: Flávia Francischini e uma vida em prol da Inclusão, Segurança e Empoderamento na Política Paranaense “Não há problema nisso. Nossos perfis são diferentes, nossas bases são diferentes. Felipe é mais municipalista, Flávia atua muito na área do autismo e das pessoas com deficiência. Eu tenho uma pauta ideológica, de enfrentamento. Migrei de partido para justamente ficarmos em chapas distintas. Meu voto não serve para eleger o Felipe e o dele não serve para mim”, argumentou. Ao ser questionado sobre o motivo de não ter ingressado no PL de Jair Bolsonaro, Francischini foi direto: “Convenci o Paulinho da Força a voltar com o Solidariedade para a oposição. Estamos montando uma federação forte, que posiciona nosso partido na centro-direita”. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!
MBL expulsa vereador João Bettega em meio a desentendimentos e troca de acusações

Grupo diz que vereador produzia “vídeos idiotas” e que estava cada vez mais próximo do bolsonarismo. O Movimento Brasil Livre (MBL) anunciou a expulsão do vereador João Bettega (União Brasil), eleito em Curitiba com o apoio do grupo nas eleições de 2024. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (6) e teve como justificativa a suposta produção de “vídeos idiotas” e uma crescente aproximação do parlamentar com o bolsonarismo. Bettega, por sua vez, rebateu as alegações e denunciou ameaças e desrespeito dentro do próprio gabinete, atribuindo sua expulsão a uma tentativa frustrada de exonerar um assessor. A saída do vereador do MBL foi confirmada pelo próprio movimento por meio de nota publicada nas redes sociais. Segundo a direção do MBL, Bettega vinha se afastando dos princípios ideológicos do grupo, adotando posições e comportamentos que destoam do alinhamento liberal e reformista que o movimento defende. “Vídeos idiotas” e aproximação com o bolsonarismo A insatisfação do MBL com Bettega não é de agora. Integrantes do movimento vinham criticando duramente a postura do vereador nas redes sociais, especialmente a produção de conteúdos considerados “constrangedores” ou “vexatórios” — que, segundo o movimento, colocam em risco a imagem construída pelo grupo ao longo dos anos. Leia mais: Câmara aprova criação de mais 18 vagas para deputado Na avaliação do MBL, os vídeos feitos por Bettega em ambientes públicos de Curitiba, como supermercados, hospitais e lojas representavam uma forma de atuação incompatível com o que se espera de um vereador. Além disso, o movimento citou um suposto “flerte” com setores bolsonaristas, algo que é frontalmente rejeitado pela atual direção do MBL, que se afastou do ex-presidente Jair Bolsonaro após apoiar sua eleição em 2018. “João Bettega não representa mais os ideais do movimento. Ele se distanciou de pautas relevantes e passou a produzir vídeos idiotas e a se associar ao bolsonarismo. Isso é incompatível com a linha atual do MBL”, diz trecho da nota divulgada pelo grupo. Bettega responde e acusa o MBL de omissão diante de ameaças Em conversa exclusiva ao Politiza, o vereador João Bettega apresentou sua versão dos acontecimentos e afirmou que a crise se originou dentro do seu gabinete, que até então era composto por membros ligados ao MBL. Segundo o parlamentar, os conflitos internos se intensificaram nas últimas semanas, culminando em um episódio em que um dos seus assessores teria levantado a voz dentro da sala do vereador e feito ameaças explícitas. “Na semana passada, a situação se tornou insustentável, pois um dos meus assessores levantou a voz dentro da minha sala, falou que ele manda no gabinete e me ameaçou com a frase: ‘se não for para resolver no carinho, será no ódio’”, afirmou Bettega. Ainda de acordo com o vereador, outras ameaças vieram de membros do MBL, com a advertência de que “coisas ruins vão acontecer”. Bettega alega que levou o caso à coordenação do movimento e solicitou a exoneração do assessor envolvido nas ameaças, mas sua demanda teria sido ignorada. “A situação de extremo desrespeito foi levada ao MBL, mas o movimento não autorizou a exoneração desse assessor e me expulsou depois”, concluiu. Crise expõe disputas internas e crise de identidade no MBL A saída de Bettega evidencia uma disputa interna no MBL, que nos últimos anos passou por um processo de reconfiguração ideológica e enfrentou perdas importantes de quadros políticos. Desde a ruptura com o bolsonarismo, o movimento tenta reconstruir sua base de apoio e manter uma postura crítica ao governo Lula, sem abrir mão de uma agenda liberal na economia e institucionalista na política. Bettega foi eleito vereador de Curitiba em 2024, com 12.346 votos, e era considerado uma das apostas do MBL para renovar sua representação institucional no Sul do país. Sua atuação, no entanto, passou a ser questionada internamente — tanto por posturas públicas consideradas inadequadas quanto por dificuldades de relacionamento dentro do próprio gabinete. Futuro político indefinido Com a expulsão, Bettega deixa de ter qualquer vínculo formal com o MBL, mas permanece com seu mandato na Câmara Municipal de Curitiba. Em resposta aos questionamentos, o vereador disse que seguirá atuando “com independência” e que vai continuar apresentando projetos e fiscalizando a gestão municipal. Ainda não está claro se Bettega buscará novos apoios partidários ou movimentos políticos para se reposicionar no cenário local. Fique por dentro das notícias políticas também no instagram. Clique aqui!