Deputado associou ministra a apelido de planilha da Odebrecht e usou expressão ofensiva
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados pediu a suspensão de Gilvan da Federal (PL-ES) por seis meses. A solicitação ocorre após o parlamentar fazer declarações ofensivas contra a ministra Gleisi Hoffmann (PT), durante uma audiência da Comissão de Segurança Pública com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Gilvan usou a tribuna para associar Gleisi ao apelido “Amante”, encontrado em planilhas da Odebrecht. Em seguida, afirmou que quem usava esse codinome deveria ser “uma prostituta do caramba”. Ele também citou o apelido “Lindinho”, relacionado ao deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), companheiro da ministra.
Mesa Diretora aciona Conselho de Ética
A Corregedoria da Câmara concluiu que as falas violam o decoro parlamentar e extrapolam a liberdade de expressão. Por isso, enviou um relatório à Mesa Diretora, que apresentou uma representação ao Conselho de Ética.
O colegiado tem três dias úteis para decidir se abre processo. Caso não delibere, o plenário poderá ser acionado.
Pedido assinado por Hugo Motta
O documento foi assinado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e outros quatro membros da direção. A representação acusa Gilvan de fazer insinuações “ultrajantes, desonrosas e depreciativas”. Este é o primeiro uso de um novo mecanismo, criado na gestão de Arthur Lira (PP-AL), que visa acelerar punições disciplinares.

Outras declarações polêmicas
Além do caso envolvendo Gleisi, Gilvan já causou controvérsia ao declarar que queria que o presidente Lula morresse. A fala ocorreu durante o debate de um projeto que trata da segurança pessoal do chefe do Executivo. Após a reação da Advocacia-Geral da União, o deputado se retratou.
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