Bolsonaro indica 13 testemunhas em defesa contra denúncia de golpe

Na defesa apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira (6), o ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou o depoimento de 13 testemunhas no caso que investiga seu suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Entre os nomes indicados estão aliados políticos, ex-ministros e militares.

Dentre os convocados, destaca-se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), um dos principais aliados de Bolsonaro. A lista também inclui cinco ex-integrantes do governo: Gilson Machado (Turismo), Eduardo Pazuello (Saúde), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Ciro Nogueira (Casa Civil) e o ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Além dos políticos, figuram entre as testemunhas o advogado Amaury Feres Saad, apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos autores da chamada “minuta do golpe”, e o coronel Wagner Oliveira da Silva, representante da Aeronáutica na Comissão de Transparência Eleitoral de 2022. Outros nomes incluem militares de alta patente, como os generais Freire Gomes e Júlio César de Arruda, além do brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior.

O caso tramita no STF e será analisado pela primeira turma da Corte, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A defesa de Bolsonaro, no entanto, solicita que o julgamento ocorra no plenário e chegou a pedir o afastamento de Moraes, Dino e Zanin do processo.

A denúncia contra Bolsonaro faz parte de uma ação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que em fevereiro acusou 34 pessoas por participação na tentativa de golpe. O ex-presidente responde por cinco crimes, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.