Ether e Solana desabam mais de 15%.
O bitcoin hoje registra nova queda expressiva diante do agravamento das tensões comerciais. A criptomoeda recua mais de 7% nesta segunda-feira (7), pressionada pela aversão ao risco nos mercados globais. Analistas veem sinais limitados de recuo por parte do governo Trump em relação às tarifas. A guerra comercial, portanto, segue como fator central de instabilidade.
Por volta das 8h50 (horário de Brasília), o bitcoin hoje caía 7,47%, sendo negociado a US$ 76.500. É o menor valor desde novembro de 2024, segundo dados da CoinMarketCap.
Outras criptomoedas também sofrem perdas severas:
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Ethereum (ETH): queda de 17,24%, cotado a US$ 8.600
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Solana (SOL): recuo de 15,9%
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Ripple (XRP): baixa de quase 7%
Veja as principais moedas:
Esses números refletem o crescente estresse no mercado após novas tarifas dos EUA e a resposta imediata da China. Na sexta-feira (4), o governo chinês anunciou taxas de 34% sobre todos os bens importados dos Estados Unidos. A medida veio como retaliação direta às tarifas de 34% impostas por Trump, que já se somavam a alíquotas anteriores de 20%.
Além disso, o Ministério do Comércio da China adicionou 11 empresas americanas à lista de “entidades não confiáveis”. Com isso, elas estão proibidas de atuar no país ou com companhias chinesas.
A turbulência já impacta o desempenho do bitcoin desde fevereiro. No primeiro trimestre de 2025, a moeda acumulou queda de quase 12%, pior resultado para o período em seis anos. O cenário reforça o receio de uma recessão nos Estados Unidos.
Outro sinal de alerta veio do Fed de Atlanta. A estimativa para o PIB do primeiro trimestre indica retração de 2,8%, segundo projeção recente. O consumo e os investimentos devem continuar em queda, pressionados pelas tarifas.
Mesmo assim, especialistas veem espaço para uma reação futura. “Caso o Federal Reserve flexibilize os juros em 2025, o bitcoin pode ganhar força como ativo de proteção (hedge)”, avalia Guilherme Prado, country manager da Bitget.