Decisão judicial libera negociação entre BRB e Banco Master

Compra ainda depende do aval do Banco Central e do CadeCompra ainda depende do aval do Banco Central e do Cade

O desembargador João Egmont Leoncio Lopes, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), autorizou nesta sexta-feira (9) a continuidade da negociação para a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). Ele suspendeu a decisão de primeira instância que havia impedido a assinatura do contrato.

Foto: Reprodução internet

A decisão atendeu aos recursos apresentados pelo BRB e pelo governo do Distrito Federal. Eles contestaram a liminar do juiz Carlos Fernando Fecchio dos Santos, da 1ª Vara da Fazenda Pública, que havia barrado o avanço do processo.

Segundo o desembargador, ainda não há urgência para impedir a operação. Isso porque a compra do Banco Master depende do aval do Banco Central (Bacen) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“Inexiste urgência concreta, porquanto a assinatura do contrato ainda não é iminente”, afirmou João Egmont em sua decisão.

Compra bilionária

O BRB anunciou em março a intenção de adquirir o Banco Master por R$ 2 bilhões. Caso a negociação avance, o BRB ficará com 58% do capital total e 49% das ações ordinárias do banco. A conclusão do negócio está condicionada à aprovação das autoridades reguladoras.

Polêmicas e desconfiança

A operação tem gerado controvérsias. O Banco Master adota uma estratégia agressiva de captação, oferecendo rendimentos de até 140% do CDI. Essa taxa está bem acima da média de bancos de pequeno porte, que gira entre 110% e 120% do CDI.

Além disso, o mercado financeiro vê o Master com desconfiança. Recentemente, o banco tentou lançar títulos em dólares, mas não conseguiu atrair investidores. Outro ponto de atenção são as operações com precatórios, que levantaram dúvidas sobre a real situação financeira da instituição.

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