Justiça determina intervenção em ONG de proteção animal em Londrina

ONG foi fundada por vereadora da cidade; ela nega irregularidades

A Justiça do Paraná decretou intervenção na Associação Defensora dos Animais (ADA), sediada em Londrina, após apuração de irregularidades na gestão da entidade. A decisão atende a um pedido do Ministério Público do Paraná (MPPR), que identificou falhas na prestação de contas, desorganização administrativa e indícios de maus-tratos a animais sob os cuidados da instituição.

O Ministério Público afirmou que vai seguir acompanhando de perto as possíveis irregularidades (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

De acordo com informações divulgadas pelo portal Catve, a ADA vinha enfrentando dificuldades na administração dos recursos recebidos, incluindo verbas públicas destinadas à proteção animal. O processo judicial aponta para a ausência de transparência na aplicação dos recursos e para a precariedade nas condições de abrigo e cuidado dos animais. Relatórios apresentados indicam que os animais estavam em ambientes inadequados, com problemas de higiene, alimentação e assistência veterinária.

A instituição foi fundada pela vereadora Anne Ada de Moraes de Souza (PL). A parlamentar concedeu entrevista coletiva afirmando que vai recorrer da decisão e que houve “confusão” na investigação, porque, segundo ela, o seu sustento vinha de doações da família e não da associação.

Agora, a Justiça definiu um interventor para assumir temporariamente a gestão da ONG, com a responsabilidade de regularizar a situação administrativa e garantir o bem-estar dos animais acolhidos. A medida visa assegurar que os recursos sejam aplicados de forma adequada e que os serviços prestados estejam em conformidade com as normas legais e sanitárias.

A ADA é uma das principais organizações de proteção animal em Londrina, atuando há anos no resgate e cuidado de animais abandonados ou vítimas de maus-tratos. A intervenção judicial representa um esforço das autoridades para garantir a integridade das ações de proteção animal e a correta utilização dos recursos públicos destinados a essa finalidade.

O Ministério Público afirmou que vai continuar acompanhando o caso para assegurar que as medidas determinadas sejam efetivamente implementadas e que a ONG retome suas atividades de forma regularizada e transparente.

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