Presidente defende negociação e ressalta autonomia do Brasil frente ao protecionismo dos EUA
Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil optará por negociar com os Estados Unidos antes de adotar medidas de reciprocidade ou recorrer à OMC. O presidente ressaltou a importância de esgotar todas as alternativas diplomáticas para preservar o livre comércio.

Tratos em curso com Washington
Lula informou que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, juntamente com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, estão em contínuas conversas com representantes comerciais norte-americanos. Essa estratégia busca enfrentar o aumento tarifário promovido pelo governo dos EUA.
Política tarifária dos EUA
Desde que assumiu, o presidente dos Estados Unidos vem elevando as tarifas de importação para fortalecer a indústria nacional e corrigir desequilíbrios comerciais. Lula reconhece o direito dos EUA de atuar conforme seus interesses internos, mas afirma que o Brasil tem plena autonomia para definir sua própria política econômica.
Contraste com o passado
O presidente criticou o atual posicionamento norte-americano, destacando que o discurso protecionista é completamente diferente do que prevaleceu de 1980 a 2022. Ele enfatizou que esse novo cenário pode gerar impactos negativos, uma vez que o aumento dos preços pode desencadear inflação e elevar os juros, afetando a economia americana.
Consequências econômicas
Durante uma agenda no Japão, Lula alertou que tarifas mais altas elevarão o custo dos produtos nos EUA, possivelmente pressionando a inflação e resultando em juros mais altos. Esse cenário, segundo o presidente, poderá conter a atividade econômica, mostrando os riscos de uma política de aumento de taxação.